sábado, 17 de abril de 2021

A música litúrgica na Igreja, com adaptações

  A Música Litúrgica na Igreja hoje 

2  Canto e música, antes de serem repertório, são gesto vivo, experiência existencial simbólica “aqui e agora”; 

3  Canto e música participam da dimensão sacramental da liturgia, são símbolos importantes de Cristo e da Igreja e não mero enfeite; são encarnação da Palavra, do diálogo entre Deus e as pessoas e não elementos rituais ou de beleza de uma religiosidade qualquer; 

4  Canto e música não são realidades autônomas, mas estão a serviço do mistério da fé. Só serão bem executados se estiverem em sintonia com o rito e a realidade da comunidade na qual se celebra a liturgia; 

5  Canto e música devem possibilitar a expressão verdadeira da assembléia em sua autêntica participação. Deste modo, os ministros da música ajudem o povo participar e não façam show sozinhos. 

6  Canto e música devem servir à assembléia, não a indivíduos ou tendências. Não tem sentido escolher os cantos de uma celebração em função de alguns que se apegam a um único tipo de repertório (tradicional, músicas próprias de um grupo ou movimento...) é preciso pensar em todos! 

7  Verificar a realidade das pessoas que compõem a assembléia litúrgica, que geralmente é bastante variada. Deve-se descobrir que tipo de música serve melhor à sua comunidade. 

8  Como deve ser a música litúrgica?

fácil e simples

melódica e não estridente

diatônica e de estilo silábico

clareza de tom e modo

Os textos dos cantos sejam tirados da Sagrada Escritura ou inspirado nela e das fontes litúrgicas (cf. SC 121); 

1. O texto seja poético;

2. Não falte a dimensão comunitária, dialogal, orante nos textos e nas melodias; 

3. As melodias sejam acessíveis à grande maioria da assembleia, porém, belas e inspiradas; 

4. Sejam evitados melodias e textos adaptados de canções populares, trilhas sonoras de filmes e novelas; 

5. Sejam levados em conta o tipo de celebração, o momento ritual em que o canto será executado (cf. SC 112) e as características da assembleia; 

6. O tempo do ano litúrgico e suas festas (cf. SC 107); 

7. O jeito da cultura do povo do lugar (cf. SC 38-40).

Os compositores, letristas, animadores, salmistas, cantores, instrumentistas exercem um verdadeiro ministério litúrgico (cf. SC 29). Para um bom desempenho desse nobre serviço, é necessário que:

– Os compositores (letristas e músicos) conheçam profundamente a função ministerial de cada canto na ação litúrgica e traduzam, numa linguagem poética, mística, orante e performativa os textos e melodias destinados a cada momento da celebração litúrgica;

– Os instrumentistas utilizem seus instrumentos musicais para sustentar e nunca se sobrepor ao canto dos fiéis (cf. MS 64);

– Os animadores sustentem o canto da assembleia sem jamais lançar mão dessa sua função para dar “show”, ou seja, chamar a atenção sobre si próprio;

– Os salmistas poderão adaptar o Salmo Responsorial, mas nunca substituí-lo por outro canto. Se, porventura, não puderem cantá-lo, que o recitem com o refrão do povo (cf. IGMR 2002, 61);


9  evoque um mundo de mistério e transcendência

esteja a serviço da Palavra, cantando-a com clareza; aderência!

penetre e vivifique a Palavra, meditando e aprofundando o texto


10  Relação entre música e rito a) Cantos que constituem um rito: são indispensáveis, a letra pode ser adaptada, mas nunca substituída por outro canto com letra diferente. As Partes Fixas e os Cantos do Ordinário, cantados em comum, pelo presidente, os ministros e toda a assembléia. 

11  Nos Ritos iniciais: Sinal da Cruz; Ato penitencial (Confesso a Deus todo-poderoso, Tende compaixão de nós, Senhor, tende piedade de nós ou Kyrie eleison); Glória.

Na Liturgia da Palavra: Salmo responsorial; Creio.

Na Liturgia Eucarística: Prece Eucarística (diálogo inicial, prefácio, Santo, aclamação memorial, respostas da assembléia na epiclese, oblação / ofertório, segunda epiclese e intercessões, doxologia final – Amém); Pai-nosso; fração do pão (Cordeiro de Deus).


12  b) Cantos que acompanham um rito: o importante nestes é o rito, a música é mero acessório

Nos Ritos iniciais: entrada e aspersão.

Na Liturgia da Palavra: aclamação ao Evangelho; respostas da oração dos fiéis (preces); ladainhas.

Na Liturgia Eucarística: preparação das oferendas; comunhão; ação de graças; final.


13  Observações: 

1. Os cantos que constituem o rito são mais importantes do que os que acompanham o rito. Vantagem: não precisar de papel, e ser cantados “de cor”, favorecendo a comunicação.

2. Não devem ser substituídos por paráfrases( desenvolvimento, dito com outras palavras), outros cantos...


14  3. Melodias respeitem os diversos gêneros e formas: diálogos, proclamação de leituras, salmodias, antífonas, hinos e cânticos, aclamações (Aleluia, Santo, Amém...)

4. Equilíbrio entre as partes cantadas, usando a criatividade, dependendo da festa ou solenidade, da assembléia, das possibilidades...


15  5. Repertório adequado à comunidade – sensibilidade, bom senso, escolha criteriosa.

6. Na escolha dos cantos, não fazer opção pelo novo, mas pelo melhor.

7. Equilíbrio entre cantar tudo e entre cantar nada. Os mais importantes: Santo, Amém (Doxologia – Aclamações) e o Salmo.

8. Cantar A liturgia, não NA liturgia, um canto qualquer, dispersivo... mas o rito, a Palavra, a festa, o mistério celebrado.


16  9. O silêncio: tão importante quanto a música

9. O silêncio: tão importante quanto a música. No ato penitencial, antes da oração da coleta, após a narrativa da instituição (consagração), depois da comunhão. Não se deve preencher os “espaços vazios” com canto e música, pois o silêncio tem valor de pausa para a reflexão, a concentração, ouvir o coração, encontrar-se em oração.


17  Leitura orante do texto… Passos:

Buscar um lugar…

Invocar o Espírito Santo…

Ler o texto lentamente… parar onde sentir-se tocado… respirar…

Fazer algumas anotações… Marcar o texto…

Agradecer…


18  Montagem:

Renato,SJ

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