quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Toda Matéria - verbos

 O verbo é palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza, desejo, ocorrência. Ele apresenta as seguintes flexões de número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz.

Exemplos:

    Sou feliz.
    Estou doente.
    Fiquei cansado.
    Amanheceu.
    Que cheguem depressa!
    Haverá muitos concertos.

Estrutura do verbo

O verbo é formado por três elementos: radical, vogal temática e desinências

1. Radical

O radical é a base. Nele está expresso o significado do verbo.

Exemplos: DISSERT- (dissert-ar), ESCLAREC- (esclarec-er), CONTRIBU- (contribu-ir).

2. Vogal Temática

A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim, conjugar os verbos. O resultado dessa união chama-se tema.

Assim, tema = radical + vogal temática.

Exemplos: DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE- (esclarece-r), CONTRIBUI- (contribui-r).

A vogal temática indica a qual conjugação o verbo pertence:

1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar, sambar.
2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor.
3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir.

3. Desinências

As desinências são os elementos que junto com o radical promovem as conjugações. Elas podem ser:

Desinências modo-temporais - quando indicam os modos e os tempos.
Desinências número-pessoais - quando indicam as pessoas.

Exemplos:

    Dissertávamos (va- desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos- desinência de 1.ª pessoa do plural)
    Esclarecerei (re- desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i- desinência de 1.ª pessoa do singular)
    Contribuamos (a- desinência de modo presente do modo subjuntivo), (mos- desinência de 1.ª pessoa do plural)

Flexões do verbo

Para conjugarmos os verbos temos de ter em conta as flexões de: pessoa, número, tempo, modo e voz.

1. Flexões de pessoa:

1.ª pessoa (eu, nós)
2.ª pessoa (tu, vós)
3.ª pessoa (ele, eles)

2. Flexões de número:

singular (eu, tu, ele)
plural (nós, vós, eles)

3. Flexões de tempo: presente, pretérito e futuro.

4. Flexões de modo: indicativo, subjuntivo e imperativo.

5. Flexões de voz: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva.
Formas nominais

As formas nominais são três: infinitivo, particípio e gerúndio.

1. Infinitivo

O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é impessoal quando, por sua vez, não tem sujeito.

Exemplo de infinitivo pessoal: O gerente da loja disse para irem embora.
Exemplos de infinitivo impessoal: Cantar é uma delícia!

2. Particípio

O particípio é empregado como indicador de ação finalizada, na formação de tempos compostos ou como adjetivo.

Exemplos:

    Feito o trabalho, vamos descansar!
    A Ana já tinha falado sobre esse tema.
    Calados, os filhos ouviram o sermão dos pais.

3. Gerúndio

O gerúndio é empregado para indicar uma ação em desenvolvimento.

Exemplos:

    Estou comendo.
    Encontrei João correndo.
    Cantando, terminaremos depressa.

Classificação dos Verbos

Os verbos são classificados em quatro tipos: regulares, irregulares, defectivos e abundantes.

1. Verbos regulares: não têm o seu radical alterado.

Exemplos: falar, torcer, partir.

2. Verbos irregulares: nos verbos irregulares, o radical é alterado.

Exemplos: dar, caber, medir.

Quando as alterações são profundas, eles são chamados de verbos anômalos. É o caso dos verbos ser e vir.

3. Verbos defectivos: os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas as pessoas, tempos e modos. Eles podem ser: impessoais, unipessoais e pessoais.

Impessoais, quando os verbos indicam, especialmente, fenômenos da natureza (não tem sujeito) e são conjugados na terceira pessoa do singular. Exemplos: chover, trovejar, ventar.

Unipessoais, quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na terceira pessoa do singular ou do plural. Exemplos: ladrar, miar, surtir.

Pessoais, quando os verbos têm sujeito, mas não são conjugados em todas as pessoas. Exemplos: banir, falir, reaver.

4. Verbos abundantes: os verbos abundantes são aqueles que aceitam duas ou mais formas. É comum ocorrer no Particípio. Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto, segurado e seguro.

Os tempos simples são tempos verbais - presente, passado e futuro - que são expressos por uma só palavra.

Eles exprimem ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza mediante a utilização de apenas uma palavra, ao contrário dos tempos compostos, que são expressos por uma combinação de verbos.

Exemplos:

    Caminho todos os dias. (Tempo Simples)
    Teria caminhado hoje se não estivesse chovendo. (Tempo Composto)

Tempos Simples do Indicativo

Os tempos simples do modo indicativo são:

    Presente
    Pretérito Perfeito
    Pretérito Imperfeito
    Pretérito Mais-que-perfeito
    Futuro do Presente
    Futuro do Pretérito

Tempos Simples do Subjuntivo

Os tempos simples do modo subjuntivo são:

    Presente
    Pretérito Imperfeito
    Futuro

Nos tempos simples temos, ainda, o Modo Imperativo (afirmativo e negativo), bem como as formas nominais: Infinitivo Pessoal, Infinitivo Impessoal, Gerúndio e Particípio.

Formação dos Tempos Simples

Aprender a conjugar os verbos se torna mais fácil se em vez de se preocupar com a sua memorização você entender a sua formação, porque no caso dos verbos regulares, ela é lógica.

Existem três tempos primitivos e que você tem de saber: Presente do Indicativo, Pretérito Perfeito do Indicativo e Infinitivo Impessoal.

A partir deles todos os outros são formados. Assim, temos:

    Derivados do Presente do Indicativo: Pretérito Imperfeito do Indicativo, Presente do Subjuntivo e Imperativo.
    Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo: Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo, Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo.
    Derivados do Infinitivo Impessoal: Futuro do Presente do Indicativo, Futuro do Pretérito do Indicativo, Infinitivo Pessoal, Gerúndio, Particípio.

O estudo da formação dos tempos simples, que são os verbos expressos por uma só palavra, é essencial para aprender a conjugar verbos regulares corretamente.

Assim, inicialmente, é importante saber que os verbos têm origem nos chamados tempos primitivos: Presente do Indicativo, Pretérito Perfeito do Indicativo, Infinitivo Impessoal.

Tempos Verbais Primitivos

Existem três tempos primitivos. Eles são assim chamados porque são tempos e modos que formam ou dão origem a outros tempos e modos verbais.

Os tempos primitivos são:

    Presente do Indicativo
    Pretérito Perfeito do Indicativo
    Infinitivo Impessoal

Todos os tempos restantes são seus derivados.

Tempos Verbais Derivados

    Derivados do Presente do Indicativo: Pretérito Imperfeito do Indicativo, Presente do Subjuntivo e Imperativo.
    Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo: Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo, Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo.
    Derivados do Infinitivo Impessoal: Futuro do Presente do Indicativo, Futuro do Pretérito do Indicativo, Infinitivo Pessoal, Gerúndio, Particípio.

A partir do radical dos tempos primitivos se acrescenta as desinências de tempo e modo, resultando dessa combinação os tempos derivados.

Esses são paradigmas pertinentes aos verbos regulares, uma vez que esses verbos não sofrem alteração em seu radical.
Derivados do Presente do Indicativo

Os derivados do Presente do Indicativo são: Pretérito Imperfeito do Indicativo, Presente do Subjuntivo e Imperativo.
Pretérito Imperfeito do Indicativo

Nos verbos da 1.ª conjugação (vogal temática A) acrescenta-se ao radical as terminações: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, -avam.

Exemplo:
Verbo amar (radical am-)
amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam.

Nos verbos da 2.ª conjugação (vogal temática E e O) e da 3.ª conjugação (vogal temática I) acrescenta-se ao radical as terminações: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam.

Exemplos:
Verbo beber (radical beb-)
bebia, bebias, bebia, bebíamos, bebíeis, bebiam.

Verbo partir (radical part-)
partia, partias, partia, partíamos, partíeis, partiam.
Presente do Subjuntivo

Nos verbos da 1.ª conjugação (vogal temática A) após retirar a desinência -o da 1.ª pessoa do presente do indicativo, acrescenta-se as seguintes terminações: -e, -es, -e, -emos, - eis, -em.

Exemplo:
Verbo amar (1.ª pessoa do presente do indicativo: amo)
ame, ames, ame, amemos, ameis, amem.

Nos verbos da 2.ª conjugação (vogal temática E e O) e da 3.ª conjugação (vogal temática I) após retirar a desinência -o da 1.ª pessoa do presente do indicativo, acrescenta-se as seguintes terminações: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am.

Exemplos:
Verbo beber (1.ª pessoa do presente do indicativo: bebo)
beba, bebas, beba, bebamos, bebais, bebam.

Verbo partir (1.ª pessoa do presente do indicativo: parto)
parta, partas, parta, partamos, partais, partam.
Imperativo

Tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ª e da 3.ª conjugação a 2.ª pessoa do singular e a 2.ª pessoa do plural são as mesmas que as do presente do indicativo sem o -s final. As restantes pessoas são idênticas às pessoas do presente do subjuntivo.

Exemplos:

Verbo amar
(2.ª pessoa do singular do presente do indicativo: amas e 2.ª pessoa do plural do presente do indicativo: amais)
(3.ª pessoa do singular do presente do subjuntivo: ame; 1.ª pessoa do plural do presente do subjuntivo: amemos e 3.ª pessoa do plural do presente do subjuntivo: amem)
ama tu, ame ele, amemos nós, amai vós, amem eles.

Verbo beber
(2.ª pessoa do singular do presente do indicativo: bebes e 2.ª pessoa do plural do presente do indicativo: bebeis)
(3.ª pessoa do singular do presente do subjuntivo: beba; 1.ª pessoa do plural do presente do subjuntivo: bebamos e 3.ª pessoa do plural do presente do subjuntivo: bebam)
bebe tu, beba ele, bebamos nós, bebei vós, bebam eles.

Verbo partir
(2.ª pessoa do singular do presente do indicativo: partes e 2.ª pessoa do plural do presente do indicativo: partis)
(3.ª pessoa do singular do presente do subjuntivo: parta; 1.ª pessoa do plural do presente do subjuntivo: partamos e 3.ª pessoa do plural do presente do subjuntivo: partam)
parte tu, parta ele, partamos nós, parti vós, partam eles.
Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

Os derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo são: Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo, Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo

Tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ª e da 3.ª conjugação se acrescenta as seguintes terminações aos respectivos temas: -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram.

Exemplos:

Verbo amar (tema: ama)
amara, amaras, amara, amáramos, amáreis, amaram.

Verbo beber (tema: bebe)
bebera, beberas, bebera, bebêramos, bebêreis, beberam.

Verbo partir (tema: parti)
partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ª e da 3.ª conjugação se acrescenta as seguintes terminações aos respectivos temas: -sse, -sses, - sse, -ssemos, -sseis, -ssem.

Exemplos:

Verbo amar (tema: ama)
amasse, amasses, amasse, amássemos, amásseis, amassem.

Verbo beber (tema: bebe)
bebesse, bebesses, bebesse, bebêssemos, bebêsseis, bebessem.

Verbo partir (tema: parti)
partisse, partisses, partisse, partíssemos, partísseis, partissem.
Futuro do Subjuntivo

Tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ª e da 3.ª conjugação se acrescenta as seguintes terminações aos respectivos temas: -r, -res, - r, -rmos, -rdes, -rem.

Exemplos:

Verbo amar (tema: ama)
amar, amares, amar, amarmos, amárdes, amarem.

Verbo beber (tema: bebe)
beber, beberes, beber, bebermos, beberdes, beberem.

Verbo partir (tema: parti)
partir, partires, partir, partirmos, partirdes, partirem.
Derivados do Infinitivo Impessoal

Os derivados do Infinitivo Impessoal são: Futuro do Presente do Indicativo, Futuro do Pretérito do Indicativo, Infinitivo Pessoal, Gerúndio, Particípio.
Futuro do Presente do Indicativo

Tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ª e da 3.ª conjugação se acrescenta as seguintes terminações aos respectivos infinitivos: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão.

Exemplos:

Verbo amar (infinitivo: amar)
amarei, amarás, amará, amaremos, amareis, amarão.

Verbo beber (infinitivo: beber)
beberei, beberás, beberá, beberemos, bebereis, beberão.

Verbo partir (infinitivo: partir)
partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão.
Futuro do Pretérito do Indicativo

Tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ª e da 3.ª conjugação se acrescenta as seguintes terminações aos respectivos infinitivos: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam.

Exemplos:

Verbo amar (infinitivo: amar)
amaria, amarias, amaria, amaríamos, amaríeis, amariam.

Verbo beber (infinitivo: beber)
beberia, beberias, beberia, beberíamos, beberíeis, beberiam.

Verbo partir (infinitivo: partir)
partiria, partirias, partiria, partiríamos, partiríeis, partiriam.
Infinitivo Pessoal

Tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ªe da 3.ª conjugação se acrescenta as seguintes terminações aos respectivos infinitivos: -es, -mos, - des, -em.

Exemplos:

Verbo amar (infinitivo: amar)
amar eu, amares tu, amar ele, amarmos nós, amardes vós, amarem eles.

Verbo beber (infinitivo: beber)
beber eu, beberes tu, beber ele, bebermos nós, beberdes vós, beberem eles.

Verbo partir (infinitivo: partir)
partir eu, partires tu, parti ele, partirmos nós, partirdes vós, partirem eles.
Gerúndio

Na formação do gerúndio, tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ª e da 3.ª conjugação se substitui o sufixo -r pelo sufixo -ndo.

Exemplos:
amando, bebendo, partindo.
Particípio

Na formação do particípio, tanto nos verbos da 1.ª como nos verbos da 2.ª e da 3.ª conjugação se substitui o sufixo -r do infinitivo pelo sufixo -do, lembrando que no caso dos verbos da 2.ª conjugação cuja vogal temática é E, essa vogal é substituída por I.

Exemplos:
amado, bebido, partido.

Os tempos compostos são tempos verbais - presente, passado e futuro - que são expressos por mais do que uma palavra.

Eles exprimem ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza mediante a utilização uma combinação de verbos, ao contrário dos tempos simples, que são expressos por apenas uma palavra.

Exemplos:

Vou ao Rock in Rio. (Tempo Simples)
Ele tinha saído à procura do ingresso. (Tempo Composto)
Tempos compostos do indicativo

Os tempos compostos do modo indicativo são:

    Pretérito Perfeito
    Pretérito Mais-que-perfeito
    Futuro do Presente
    Futuro do Pretérito

Tempos compostos do subjuntivo

Os tempos compostos do modo subjuntivo são:

    Pretérito Perfeito
    Pretérito Mais-que-perfeito
    Futuro

Nos tempos compostos temos, ainda, as formas nominais: Infinitivo Pessoal, Infinitivo Impessoal e Gerúndio.
Formação dos tempos compostos

Os tempos compostos são formados pelos verbos auxiliares ter e haver e por um verbo principal no particípio, do qual resulta uma locução verbal.

Para formar os verbos compostos somente conjugamos o verbo auxiliar, uma vez que o verbo principal estará sempre no particípio.

Para formar os verbos compostos conjugamos apenas o verbo auxiliar, enquanto o verbo principal fica sempre no particípio.

Os tempos compostos são os verbos auxiliares ter e haver ligados a um verbo principal no particípio, do qual resulta uma locução verbal.

Veja abaixo como são formados todos os tempos compostos, lembrando que o verbo principal fica sempre no particípio e que esses paradigmas são seguidos na 1.ª, na 2.ª e na 3.ª conjugação.
Formação dos Compostos do Indicativo

Os tempos compostos do modo indicativo são: Pretérito Perfeito, Pretérito Mais-que-perfeito, Futuro do Presente e Futuro do Pretérito.
Pretérito Perfeito

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no presente do indicativo.

Exemplo:
tenho brincado, tens brincado, tem brincado, temos brincado, tendes brincado, temos brincado.
Pretérito Mais-que-perfeito

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no pretérito imperfeito do indicativo.

Exemplo:
tinha brincado, tinhas brincado, tinha brincado, tínhamos brincado, tínheis brincado, tinham brincado.
Futuro do Presente

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no futuro do presente do indicativo.

Exemplo:
terei brincado, terás brincado, terá brincado, teremos brincado, tereis brincado, terão brincado.
Futuro do Pretérito

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no futuro do pretérito.

Exemplo:
teria brincado, terias brincado, teria brincado, teríamos brincado, teríeis brincado, teriam brincado.
Tempos Compostos do Subjuntivo

Os tempos compostos do modo subjuntivo são: Pretérito Perfeito, Pretérito Mais-que-perfeito e Futuro.
Pretérito Perfeito

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no presente do subjuntivo.

Exemplo:
tenha brincado, tenhas brincado, tenha brincado, tenhamos brincado, tenhais brincado, tenham brincado.
Pretérito Mais-que-perfeito

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no imperfeito do subjuntivo.

Exemplo:
tivesse brincado, tivesses brincado, tivesse brincado, tivéssemos brincado, tivésseis brincado, tivessem brincado.
Futuro

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no futuro do subjuntivo.

Exemplos:
tiver brincado, tiveres brincado, tiver brincado, tivermos brincado, tiverdes brincado, tiverem brincado.
Formas Nominais
Infinitivo Pessoal

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no infinitivo pessoal.

Exemplo:
ter brincado, teres brincado, ter brincado, termos brincado, terdes brincado, terem brincado.
Infinitivo Impessoal

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no infinitivo impessoal.

Exemplo:
ter brincado.

Gerúndio

O verbo auxiliar ter ou haver é conjugado no gerúndio.

Exemplo:
tendo brincado.

Os verbos em língua portuguesa são classificados em regulares, irregulares, defectivos ou abundantes.

A classificação dos verbos está condicionada à flexão verbal e não ao significado. Verbo é a classe de palavras que tem o maior número de flexões na língua portuguesa.
Flexões verbais

As flexões verbais ocorrem em número (singular e plural), pessoa (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), tempo (presente, pretérito, futuro) e voz (ativa, passiva, reflexiva).

Podem indicar ação (fazer, copiar), caráter de estado (ser, ficar), fenômeno natural (chover, anoitecer), ocorrência (acontecer, suceder), desejo (aspirar, almejar) e outros processos.

Os verbos são divididos em três grupos de flexões, as chamadas conjugações, que são identificadas pelas vogais temáticas -a, -e, e -i.

Para cada uma das conjugações, há um paradigma indicativo das formas verbais consideradas regulares.

E é a relação estabelecida com tais paradigmas que classifica os verbos como regulares, irregulares, defectivos ou abundantes.
Verbos regulares

São considerados regulares os verbos que obedecem de maneira precisa a um paradigma de respectiva conjugação.

Verbos Irregulares

Os verbos irregulares são classificados assim porque não seguem nenhum paradigma da respectiva conjugação.

Esses verbos podem apresentar irregularidades no radical, nas terminações ou em ambos.

Verbos anômalos

Dentro da classificação de verbos irregulares estão os chamados verbos anômalos.

Entre os exemplos de verbos anômalos estão ser e ir, que apresentam profundas alterações nos radicais e na sua conjugação.
Verbos defectivos

Os verbos defectivos não são conjugados em determinadas pessoas, tempos ou modos. Ou seja, não flexionam em algumas formas.

Os verbos defectivos podem ser impessoais, unipessoais e pessoais.

Verbos abundantes

Verbos abundantes apresentam mais de uma forma aceitas pela norma culta.

Eles podem ser encontrados em verbos no particípio e, logo, nos tempos compostos em que o verbo principal fica nessa forma nominal.

Por exemplo, o verbo eleger apresenta duas formas para o particípio passado: elegido e eleito. Assim, veja a conjugação do verbo eleger no mais-que-perfeito composto do indicativo:

Eu tinha elegido ou eleito
Tu tinhas elegido ou eleito
Ele/Ela tinha elegido ou eleito
Nós tínhamos elegido ou eleito
Vós tínheis elegido ou eleito
Eles/Elas tinham elegido ou eleito

Os Modos Verbais (indicativo, subjuntivo e imperativo) indicam as maneiras como os verbos se expressam:

    Indicativo - exprime fatos, certezas. Exemplo: Discursa muito bem.
    Subjuntivo - exprime desejos, possibilidades, dúvidas. Exemplo: Talvez discurse bem esta noite.
    Imperativo - exprime ordens, pedidos. Exemplo: Discurse como ele!

Os modos verbais estão intimamente ligados aos tempos presente, passado e futuro.

Modo Indicativo

O modo indicativo manifesta ações habituais, bem como expressa tanto fatos presentes, como passados ou futuros.

Exemplos:

    Caminho todas as manhãs. (acontece)
    Caminhei ontem à noite. (aconteceu)
    Caminharei sábado à tarde. (acontecerá)

Modo Subjuntivo

O modo subjuntivo manifesta desejos ou hipóteses no tempo presente, bem como no passado e no futuro.

Exemplos:

    Espero que chova durante toda a noite. (desejo presente)
    Se chovesse, as plantas estariam regadas. (hipótese passada)
    Quando chover o caso estará resolvido. (possibilidade futura)

Modo Imperativo

O modo imperativo manifesta ordens ou pedidos de forma afirmativa e também de forma negativa.

Exemplos:

    Ajude a senhora a atravessar a rua. (imperativo afirmativo)
    Não ajude aqueles malandros! (imperativo negativo)
    
    Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) indicam quando ocorre a ação, estado ou fenômeno expressado pelo verbo:

Presente - não só indica o momento atual, mas ações regulares ou situações permanentes. Exemplos:

    Tomo medicamentos.
    Estou aqui!
    Lá, neva muito.

Pretérito - indica momentos anteriores, decorridos ou acabados. Exemplos:

    Eles fizeram mesmo isso?
    Eu não acreditava no que meus olhos viam.
    Trovejou a noite toda!

Futuro - indica acontecimentos que se realizarão. Exemplos:

    Dormirei o dia todo se for preciso.
    Ficarei aqui!
    Ventará durante o dia.

Os tempos verbais (presente, pretérito e futuro) se unem aos modos verbais (indicativo, subjuntivo e imperativo) para indicar a forma como ocorrem as ações, estados ou fenômenos expressados pelo verbo.

O modo indicativo expressa certezas. Exemplo: O aluno entendeu.

O modo subjuntivo expressa desejos e possibilidades. Exemplo: Tomara que o aluno entenda.

O modo imperativo expressa ordens, pedidos. Exemplo: Por favor, entenda!
Tempos do modo indicativo

Os tempos do indicativo são: presente, pretérito (perfeito, imperfeito e pretérito mais-que-perfeito), futuro (do presente e do pretérito).
Presente

O presente do indicativo exprime uma ação na atualidade.

EXEMPLO: Leio o jornal todos os dias pela manhã.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no presente do indicativo: (eu) leio, (tu) lês, (ele) lê, (nós) lemos, (vós) ledes, (eles) leem.
Pretérito

O pretérito indica passado. No modo indicativo, ele é usado para situações acabadas, para situações inacabadas ou para situações anteriores a outras já passadas.

Assim, existem três tipos de pretérito: pretérito perfeito, pretérito imperfeito e pretérito mais-que-perfeito.

1. Pretérito perfeito - o pretérito perfeito do indicativo exprime uma ação concluída.

EXEMPLO: Porém, ontem não li o jornal.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós) lemos, (vós) lestes, (eles) leram.

2. Pretérito imperfeito - o pretérito imperfeito do indicativo exprime uma ação anterior ao presente, mas ainda não concluída.

EXEMPLO: Antes não lia nenhum tipo de publicação.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias, (ele) lia, (nós) líamos, (vós) líeis, (eles) liam.

3. Pretérito mais-que-perfeito - o pretérito mais-que-perfeito exprime uma ação anterior a outra já concluída. Exemplo: Quando saí para trabalhar, já lera o jornal de hoje.

Esse tempo está em desuso. Atualmente, é mais comum combinar dois ou mais verbos que transmitam o mesmo sentido, mas, mesmo assim, é importante conhecê-lo.

EXEMPLO: Quando saí para trabalhar, já tinha lido o jornal de hoje.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no pretérito mais-que-perfeito: (eu) lera, (tu) leras, (ele) lera, (nós) lêramos, (vós) lêreis, (eles) leram.
Futuro

O futuro indica algo que se realizará. No modo indicativo, ele e é usado para situações que se realizarão depois do momento em que falamos ou para situações que se realizariam, se não fossem interrompidas por uma situação passada.

1. Futuro do presente - o futuro do presente exprime uma ação que irá se realizar.

EXEMPLO: Amanhã lerei o jornal na hora do almoço.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no futuro do presente: (eu) lerei, (tu) lerás, (ele) lerá, (nós) leremos, (vós) lereis, (eles) lerão.

2. Futuro do pretérito - o futuro do pretérito exprime uma ação futura em relação a outra já concluída.

EXEMPLO: Leria mais se houvera (ou se tivesse havido) tempo.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no futuro do pretérito: (eu) leria, (tu) lerias, (ele) leria, (nós) leríamos, (vós) leríeis, (eles) leriam.
Tempos do modo subjuntivo

Os tempos do subjuntivo são: presente, pretérito (imperfeito) e futuro.
Presente

O presente do subjuntivo exprime uma ação na atualidade que é incerta ou duvidosa.

EXEMPLO: Que eles leiam!

CONJUGAÇÃO do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias, (que ele) leia, (que nós) leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.
Pretérito

O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado dependente de uma ação também já passada.

EXEMPLO: Se eles lessem estariam informados.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse, (se tu) lesses, (se ele) lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles) lessem.
Futuro

O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de outra ação futura.

EXEMPLO: Quando eles lerem ficarão informados.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no futuro do subjuntivo: (quando eu) ler, (quando tu) leres, (quando ele) ler, (quando nós) lermos, (quando vós) lerdes, (quando eles) lerem.
Tempos do modo imperativo

O modo imperativo se apresenta apenas no presente, e pode ser afirmativo ou negativo.
Modo imperativo afirmativo

O imperativo afirmativo expressa uma ordem na forma positiva.

EXEMPLO: Eu estou cansada. Leia ele o relatório.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no imperativo afirmativo: lê (tu), leia (você), leiamos (nós), lede (vós), leiam (vocês).
Modo imperativo negativo

O imperativo negativo expressa uma ordem na forma negativa.

EXEMPLO: Precisamos de uma apresentação natural. Não leia ele o trabalho.

CONJUGAÇÃO do verbo ler no imperativo negativo: não leias (tu), não leia (você), não leiamos (nós), não leiais (vós), não leiam (vocês).

Os verbos auxiliares são aqueles que auxiliam na conjugação de outros verbos e por isso recebem esse nome.

Eles se unem ao verbo principal na formação dos tempos compostos e das locuções verbais.

Os principais verbos auxiliares no português são o ser, o estar, o ter e o haver.
Verbos modais, acurativos, causativos e sensitivos

Ao lado dos principais verbos auxiliares (ser, estar, ter, haver), há outros verbos que têm a função de verbos auxiliares. São eles: verbos modais, acurativos, causativos e sensitivos.

Os verbos modais indicam desejo, intenção e possibilidade. São eles: querer, dever, poder, conseguir, pretender, tentar. Nesse caso, o verbo principal fica no gerúndio (-ando, -endo, -indo) ou no infinitivo (-ar, -er, -ir). Exemplo: Os alunos querem aprender matemática.

Os verbos acurativos indicam início, continuidade, repetição e fim da ação verbal. São eles: continuar, começar, voltar, andar, acabar. Nesse caso, o verbo principal fica no gerúndio (-ando, -endo, -indo) ou no infinitivo (-ar, -er, -ir). Exemplo: Joel continua ouvindo a mesma música.

Os verbos causativos têm a função de locução verbal e indicam causa. São eles: mandar, fazer. Exemplo: Faça-o ficar quieto!

Os verbos sensitivos têm a função de locução verbal e fazem referência aos sentidos. São eles: ver, ouvir, sentir. Exemplo: Eles ouviram ventar a noite toda.
Formação dos tempos compostos

Os tempos compostos são formados por um verbo auxiliar (geralmente, o ter ou o haver) e um verbo principal no particípio (-ado, -edo, -ido).

Exemplos:

    Luís Felipe havia passado pela loja da mãe quando aconteceu o acidente.
    Brida teria falado com ele antes se ela não tivesse um compromisso.
    João tem vendido muito suco na praia.
    
    Classificação dos verbos defectivos

Os Verbos Defectivos podem ser: impessoais, unipessoais e pessoais.
Verbos defectivos impessoais

Os verbos defectivos impessoais não têm sujeito. Além dos verbos que manifestam fenômenos naturais, o verbo haver (no sentido de existir) e o verbo fazer (no sentido de tempo decorrido) são verbos impessoais e, assim, são normalmente conjugados na 3.ª pessoa do singular.

Exemplos:

    Anoitece mais tarde no verão.
    Trovejou durante todo o dia.
    Venta muito naquela cidade.

Verbos defectivos unipessoais

Os verbos defectivos unipessoais indicam vozes dos animais e, assim, são normalmente conjugados na 3.ª pessoa do singular e do plural.

Exemplos:

    Acordei logo que o galo cocoricou.
    Assustou-se quando a vaca mugiu.
    As abelhas zunem.

Verbos defectivos pessoais

Os verbos defectivos pessoais são verbos que, ao contrário dos impessoais, têm sujeito, mas não são conjugados em todas as formas.

Exemplos:

    Pinto esta parte, enquanto ele colore aquela. (Uma vez que não existe “eu coloro”, substituímos pelo sinônimo pintar)
    O gerente da loja pediu desculpas pelos danos causados, e indeniza o cliente. (Uma vez que não existe “ela (a loja) ressarce”, substituímos pelo sinônimo indenizar)
    Ele calcula os dados da empresa. (Uma vez que não existe “ele computa”, substituímos pelo sinônimo calcular)
    
    Classificação dos verbos defectivos

Os Verbos Defectivos podem ser: impessoais, unipessoais e pessoais.
Verbos defectivos impessoais

Os verbos defectivos impessoais não têm sujeito. Além dos verbos que manifestam fenômenos naturais, o verbo haver (no sentido de existir) e o verbo fazer (no sentido de tempo decorrido) são verbos impessoais e, assim, são normalmente conjugados na 3.ª pessoa do singular.

Exemplos:

    Anoitece mais tarde no verão.
    Trovejou durante todo o dia.
    Venta muito naquela cidade.

Verbos defectivos unipessoais

Os verbos defectivos unipessoais indicam vozes dos animais e, assim, são normalmente conjugados na 3.ª pessoa do singular e do plural.

Exemplos:

    Acordei logo que o galo cocoricou.
    Assustou-se quando a vaca mugiu.
    As abelhas zunem.
    
    Outros verbos unipessoais são os que indicam acontecimento, urgência ou necessidade: acontecer, convir, ocorrer, suceder, custar, cumprir, importar, doer, aprazer, parecer.

Verbos defectivos pessoais

Os verbos defectivos pessoais são verbos que, ao contrário dos impessoais, têm sujeito, mas não são conjugados em todas as formas.

Exemplos:

    Vou colorir esta parte, enquanto ele colore aquela. (Uma vez que não existe “eu coloro”, substituímos por outra forma: “Vou colorir”)
    Ressarcindo os clientes, o gerente da loja pediu desculpas pelos danos causados. (Uma vez que não existe “ela (a loja) ressarce”, substituímos por outra forma: “Ressarcindo”)
    Ele retruca tudo o que falo. Parece que gosta mesmo de retorquir! (Uma vez que não existe “ele retorque”, substituímos pelo sinônimo retrucar: “Ele retruca”)
    
    Verbos Reflexivos são aqueles que expressam ações praticadas sobre a própria pessoa, ou seja, quem faz também recebe a ação (ferir-se, lavar-se, pentear-se).

Eles são sempre acompanhados de pronomes reflexivos (se, si e consigo, além de pronomes oblíquos átonos que assumem essa função: me, te, nos e vos).
Verbos Reflexivos     Exemplos
Corta-se     Cortou-se com as próprias unhas.
Dar-se     Dei-me de corpo e alma ao projeto.
Ferir-se     Feri-me com gravidade.
Lavar-se     Lavou-se a si mesmo após a cirurgia.
Maquiar-se     A noiva maquiar-se-á para o casamento.
Pentear-se     Pentearam-se antes de sair.

Os Verbos Pronominais são verbos que vem acompanhados de pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos, se).

Exemplos:

        condoer-me
        pentear-te
        sentar-se
        zangarmo-nos
        abraçar-vos
        lembrarem-se

A conjugação desse tipo de verbo é feita conforme a seguinte correspondência entre pronomes retos e oblíquos:
Pronomes Retos     Pronomes Oblíquos
Eu     Me
Tu     Te
Ele     Se
Nós     Nos
Vós     Vos
Eles     Se

As vozes verbais são a forma como os verbos se apresentam na oração a fim de determinar se o sujeito pratica ou recebe a ação. Elas podem ser de três tipos: ativa, passiva ou reflexiva.
Voz ativa     Sujeito é o agente da ação.     Exemplo: Vi a professora.
Voz passiva     Sujeito sofre a ação.     Exemplo: A professora foi vista.
Voz reflexiva     Sujeito pratica e sofre a ação.     Exemplo: Vi-me ao espelho.
Voz ativa

Na voz ativa o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação.

Exemplos:

    Bia tomou o café da manhã logo cedo.
    Aspiramos a casa toda.
    Já fiz o trabalho.
    
    Voz passiva

Na voz passiva o sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação.

Exemplos:

    A vítima foi vista ontem à noite.
    Aumentou-se a vigilância desde ontem.

A voz passiva pode ser analítica ou sintética.
Formação da voz passiva analítica

A voz passiva analítica é formada por:

    Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no particípio + agente da passiva.

Exemplos:

    O café da manhã foi tomado por Bia logo cedo.
    A casa toda foi aspirada por nós.
    O trabalho foi feito por mim.

Formação da voz passiva sintética

A voz passiva sintética é formada por:

    Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador "se" + sujeito paciente.

Exemplos:

    Tomou-se o café da manhã logo cedo.
    Aspirou-se a casa toda.
    Já se fez o trabalho.
    
    Voz reflexiva

Na voz reflexiva o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, uma vez que ele pratica e recebe a ação.

Exemplos:

    A velhinha sempre se penteia antes de sair.
    Eu me cortei hoje quando estava cozinhando.

Formação da voz reflexiva

A voz reflexiva é formada por:

    Verbo na voz ativa + pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos), que serve de objeto direto ou, por vezes, de objeto indireto, e representa a mesma pessoa que o sujeito.

Exemplos:

    Atropelou-se em suas próprias palavras.
    Machucou-se todo naquele jogo de futebol.
    Olhei-me ao espelho.

Voz reflexiva recíproca

A voz reflexiva também pode ser recíproca. Isso acontece quando o verbo reflexivo indica reciprocidade, ou seja, quando dois ou mais sujeitos praticam a ação, ao mesmo tempo que também são pacientes.

Exemplos:

    Eu, meus irmãos e meus primos damo-nos bastante bem.
    Aqui, os dias passam-se com muitas novidades.
    Sofia e Lucas amam-se.
    
    Vozes verbais e sua conversão

Geralmente, por uma questão de estilo, podemos passar a voz verbal ativa para a voz verbal passiva.

Ao fazer a transposição, o sujeito da voz ativa torna-se o agente da passiva e o objeto direto da voz ativa torna-se o sujeito da voz passiva.

Exemplo na voz ativa: Aspiramos a casa toda.

Sujeito da ativa: Nós (oculto)
Verbo: Aspiramos (transitivo direto)
Objeto direto: a casa toda.

Exemplo na voz passiva: A casa toda foi aspirada por nós.

Sujeito: A casa toda
Verbo auxiliar: foi
Verbo principal: aspirada
Agente da passiva: por nós.

Observe que o verbo auxiliar "foi" está no mesmo tempo verbal que o verbo "aspiramos" estava na oração cuja voz é ativa. O verbo "aspiramos" na oração cuja voz é passiva está no particípio.

Assim, a oração transposta para a voz passiva é formada da seguinte forma:

    Sujeito + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) conjugado no mesmo tempo verbal que o verbo principal da oração na voz ativa + verbo principal da ação conjugado no particípio + agente da passiva.

É importante lembrar que somente os verbos transitivos diretos admitem transposição de voz. Isso ocorre uma vez que não podem ir para a voz passiva os verbos intransitivos, porque não têm complemento, os verbos transitivos indiretos, porque seu complemento tem preposição e os verbos de ligação, porque indicam estado e não ação.

Quando usar cada um?
Particípio Regular

O particípio regular é, geralmente, utilizado na voz passiva, aquelas em que o sujeito não pratica e, sim, recebe a ação. Exemplo: A luz foi acendida pelos moradores do edifício.

Nesse caso, o particípio recebe as seguintes terminações:

    -ado em verbos da 1.ª conjugação (terminados em ar: ditar, isentar, promulgar): ditado, isentado, promulgado.
    -ido em verbos da 2.ª conjugação (terminados em er: ceder, remeter, tecer): cedido, remetido, tecido.
    -ido em verbos da 3.ª conjugação (terminados em ir ou or: falir, inserir, remir): falido, inserido, remido.

Particípio Irregular

O particípio irregular é, geralmente, utilizado na voz ativa, aquelas em que o sujeito pratica a ação. Exemplo: A luz está acesa.

Quando ambas as formas de particípio - regular e irregular - são aceitas, temos aquilo de que chamamos “duplos particípios”.

Mas, atenção!

Há verbos que apresentam somente particípio regular (acabado, arremessado, falado) e há outras que somente apresentam particípio irregular (coberto, dito, feito).

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