As orações coordenadas são orações independentes, ou seja, não há relação sintática entre elas.
Elas são classificadas em dois tipos: orações coordenadas sindéticas e orações coordenadas assindéticas.
Orações coordenadas assindéticas
As orações coordenadas assindéticas são caracterizadas pelo período composto justaposto, ou seja, não são ligadas através de nenhum conectivo.
Exemplos:
Chegamos na praia, nadamos, jogamos, comemos.
Pegou a chave, abriu a porta, suspirou fundo.
Não tem vontade de comer, estudar, sair.
Orações coordenadas sindéticas
As orações coordenadas sindéticas são caracterizadas pelo período composto ligado através de uma conjunção ou locução coordenativa.
Assim, dependendo dos conectivos presentes nas orações, elas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
1. Oração coordenada sindética aditiva
As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas que transmitem uma ideia de adição, soma.
Os conectivos que coordenam as orações aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas ainda, como, assim, etc.
Exemplos:
Chegamos à praia e nadamos.
Não faz nem deixa ninguém fazer.
Gosta de ficar em casa, como também gosta de sair.
2. Oração coordenada sindética adversativa
As orações coordenadas sindéticas adversativas são aquelas que transmitem uma ideia de oposição ou de contraste.
Os conectivos que coordenam as orações adversativas são: e, mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão, não obstante, etc.
Exemplos:
Eles queriam sair, porém, estava chovendo.
Seu mau feitio, no entanto, deixou todos desanimados.
Trabalha, mas nunca guarda dinheiro.
3. Oração coordenada sindética alternativa
As orações coordenadas sindéticas alternativas são aquelas que enfatizam uma escolha dentre as opções existentes.
Os conectivos que coordenam as orações alternativas são: ou (repetida ou não), ora, quer, já, seja (repetidas)
Exemplos:
Ora gosta de vestidos, ora gosta de sapatos.
Fale agora ou cale-se para sempre.
Vou falar com ele, quer você queira, quer não.
4. Oração coordenada sindética conclusiva
As orações coordenadas sindéticas conclusivas são aquelas que expressam conclusões.
Os conectivos que coordenam as orações conclusivas são: logo, portanto, por isso, assim, por conseguinte, pois, então, consequentemente, etc.
Exemplos:
São adolescentes, logo irão namorar.
Cheguei atrasada, portanto terei que aguardar que me chamem novamente.
Tirou o bolo do forno agora mesmo, então não o pode comer já.
5. Oração coordenada sindética explicativa
As orações coordenadas sindéticas explicativas expressam uma explicação sobre algo que foi referido anteriormente.
Os conectivos que coordenam as orações explicativas são: isto é, ou seja, a saber, na verdade, porque, que, pois, porquanto, etc.
Exemplos:
Descemos do carro, porque o trânsito estava parado.
Ela não atende o telefone, ou seja, ela não quer saber de nós.
Ela não sabe da novidade, pois não disse nada.
Dino fofura
quarta-feira, 6 de setembro de 2023
Toda Matéria - período composto por coordenação
Toda Matéria - período composto por subordinação
As orações subordinadas substantivas são aquelas que desempenham as funções próprias dos substantivos na frase.
Essas funções podem ser de sujeito, predicativo, complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto.
Vale lembrar que as orações subordinadas são orações dependentes, uma vez que para terem o sentido completo, possuem uma relação sintática com outra.
Classificação das orações subordinadas substantivas
Segundo a função que exercem no enunciado, as orações subordinadas substantivas podem apresentar-se em duas formas: reduzidas ou desenvolvidas.
As orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e surgem com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio, por exemplo: O mais importante é vencer o jogo. (verbo no infinitivo).
Já as orações subordinadas desenvolvidas são introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se” e podem acompanhar pronomes, conjunções ou locuções conjuntivas.
As orações subordinadas substantivas são classificadas em seis tipos: subjetiva, predicativa, completiva nominal, objetiva direta, objetiva indireta e apositiva.
1. Oração subordinada substantiva subjetiva
As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem o valor de sujeito da oração principal.
Exemplo: É fundamental que você chegue antes à reunião.
Oração principal: É fundamental
Oração subordinada substantiva subjetiva: que você chegue antes à reunião.
2. Oração subordinada substantiva predicativa
As orações subordinadas substantivas predicativas exercem o valor de predicativo do sujeito, ou seja, aquilo que se revela sobre o sujeito da oração.
Exemplo: Nosso desejo é que ela vença o campeonato.
Oração principal: Nosso desejo é
Oração subordinada substantiva predicativa: que ela vença o campeonato.
3. Oração subordinada substantiva completiva nominal
As orações subordinadas substantivas completivas nominais possuem o valor de complemento nominal (completa o sentido do nome da oração principal), sendo sempre iniciada por uma preposição.
Exemplo: Temos fé de que a humanidade pare de destruir o planeta.
Oração principal: Temos fé
Oração subordinada substantiva completiva nominal: de que a humanidade pare de destruir o planeta.
4. Oração subordinada substantiva objetiva direta
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas possuem o valor de objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo: Desejo que vocês sejam felizes.
Oração principal: Desejo
Oração subordinada substantiva objetiva direta: que vocês sejam felizes.
5. Oração subordinada substantiva objetiva indireta
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas possuem o valor de objeto indireto do verbo da oração principal, sendo iniciadas por preposição.
Exemplo: O gerente precisa (de) que esteja tudo em ordem.
Oração principal: O gerente precisa
Oração subordinada substantiva objetiva indireta: que esteja tudo em ordem.
6. Oração subordinada substantiva apositiva
As orações subordinadas substantivas apositivas possuem o valor de aposto de qualquer termo da oração principal.
Exemplo: Todos pensam a mesma coisa: que eu sou um vitorioso.
Oração principal: Todos pensam a mesma coisa
Oração subordinada substantiva apositiva: que eu sou um vitorioso.
Elas também podem ser introduzidas por pronomes ou advérbios interrogativos: Quero saber onde fica o teatro / como a máquina funciona / quanto custa o remédio / quando entra em vigor a nova lei / qual é o assunto da palestra
As orações subordinadas adverbiais são aquelas que possuem a função do advérbio, funcionado como adjunto adverbial na frase.
Dependendo das circunstâncias que expressam, as orações subordinadas adverbiais são classificadas em 9 tipos: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais.
Vale lembrar que uma oração é subordinada quando estabelece uma função sintática sobre outras, ou seja, depende de outra para apresentar seu sentido completo.
Dependendo da função sintática exercida na frase, as orações subordinadas são classificadas em três tipos: adverbiais, adjetivas e substantivas.
Classificação das orações subordinadas adverbiais
As orações subordinadas adverbiais são iniciadas por uma conjunção subordinativa (com exceção das integrantes), isto é, aquelas que ligam as frases (principal e a subordinada).
Elas são classificadas em nove tipos, de acordo com a circunstância que exprimem na frase:
1. Oração subordinada adverbial causal
As orações subordinadas adverbiais causais exprimem causa ou o motivo.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma vez que, já que, na medida em que, etc.
Exemplos:
Não fomos à festa, pois estava chovendo muito.
Ele não foi à escola hoje, porque estava doente.
2. Oração subordinada adverbial comparativa
As orações subordinadas adverbiais comparativas exprimem comparação.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto, tão como, tão quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais).
Exemplos:
Paula é estudiosa tanto quanto seu irmão (é).
Luísa estava nervosa na reunião tal como eu (estava).
3. Oração subordinada adverbial concessiva
As orações subordinadas adverbiais concessivas exprimem quebra de expectativa.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, nem que, etc.
Exemplos:
Luciana gosta muito de dançar, embora esteja com o pé quebrado.
Por mais que Rosana não queira, ela vai à apresentação.
4. Oração subordinada adverbial condicional
As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem condição.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, exceto se, uma vez que, etc.
Exemplos:
Iremos à festa, desde que não chova.
Caso José apareça, falaremos sobre a reunião.
5. Oração subordinada adverbial conformativa
As orações subordinadas adverbiais conformativas exprimem conformidade.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: conforme, segundo, como, consoante, de acordo, etc.
Exemplos:
Consoante às regras de conduta criadas, Antenor preferiu alertar seus colegas de trabalho.
Faremos o bolo conforme as dicas dadas pela Maria Elisa.
6. Oração subordinada adverbial consecutiva
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem consequência.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: de modo que, de sorte que, sem que, de forma que, de maneira que, tal... que, tão... que, tanto... que, tamanho... que etc.
Exemplos:
O palestrante falou tão baixo, de forma que não conseguimos ouvir a apresentação.
Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os.
7. Oração subordinada adverbial final
As orações subordinadas adverbiais finais exprimem finalidade.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: a fim de que, para que, que, porque, etc.
Exemplos:
Estamos aqui para trabalhar.
Escolhemos fazer o curso para que possamos trabalhar na área desejada.
8. Oração subordinada adverbial temporal
As orações subordinadas adverbiais temporais exprimem circunstância de tempo.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: enquanto, quando, desde que, sempre que, assim que, agora que, antes que, depois que, logo que, até que, mal, toda vez que etc.
Exemplos:
Enquanto eles se divertem, nós trabalhamos.
Assim que passar no exame final, irei de férias.
9. Oração subordinada adverbial proporcional
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem proporção.
As conjunções subordinativas adverbiais utilizadas são: à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais, tanto menos, quanto mais, quanto menos, etc.
Exemplos:
À medida que o tempo passa, estamos mais distantes.
Quanto mais estudava para a prova, mais confiante ficava.
As orações subordinadas adjetivas são aquelas que exercem a função de adjetivo.
Geralmente, são introduzidas por pronomes relativos (que, quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo anterior. O adjunto adnominal tem valor de adjetivo.
Observe as orações:
Admiro alunos estudiosos. (adjetivo)
Admiro alunos que estudam. (oração subordinada adjetiva, porque tem a função sintática de adjunto adnominal, ou seja, tem valor de adjetivo).
As orações subordinadas adjetivas podem ser: explicativas e restritivas.
Orações subordinadas adjetivas explicativas
Separadas por vírgulas, as orações subordinadas explicativas, como o próprio nome já indica, explicam melhor ou esclarecem o termo ao qual se referem.
Exemplos:
1) O exame final, que estava muito difícil, deixou todos apreensivos.
Oração principal: O exame final deixou todos apreensivos.
Oração subordinada adjetiva explicativa: que estava muito difícil.
2) João, que é o mais calmo da turma, surpreendeu a todos.
Oração principal: João surpreendeu a todos.
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é o mais calmo da turma.
Orações subordinadas adjetivas restritivas
Ao contrário das orações explicativas, as orações restritivas restringem ou delimitam o significado de seu antecedente e não são separadas por vírgulas.
Exemplos:
1) As pessoas que são racistas merecem ser punidas.
Oração principal: As pessoas merecem ser punidas.
Oração subordinada adjetiva restritiva: que são racistas.
2) As pessoas que não praticam esporte costumam ser mais doentes.
Oração principal: As pessoas costumam ser mais doentes.
Oração subordinada adjetiva restritiva: que não praticam esporte.
Orações desenvolvidas e reduzidas
As orações subordinadas adjetivas podem ser desenvolvidas ou reduzidas.
As orações subordinadas adjetivas desenvolvidas apresentam as seguintes características:
iniciam-se com um pronome relativo;
contêm verbos nos modos indicativo ou subjuntivo.
As orações subordinadas adjetivas reduzidas apresentam as seguintes características:
não se iniciam com um pronome relativo;
contêm verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio;
de acordo com as formas nominais usadas, as orações podem ser: reduzida de infinitivo, reduzida de gerúndio ou reduzida de particípio.
Exemplos:
Orações desenvolvidas Orações reduzidas
Ele foi o primeiro orador que encantou a plateia. Ele foi o primeiro a encantar a plateia. (oração reduzida de infinitivo)
Assisti às atuações dos velhinhos que cantam. Assisti às atuações dos velhinhos cantando. (oração reduzida de gerúndio)
Arrumou o quarto que a criança bagunçou. Arrumou o quarto bagunçado pela criança. (oração reduzida de particípio)
Orações subordinadas adjetivas
Toda Matéria - termos acessórios da oração e vocativo
Adjunto adverbial é o termo que tem a função de advérbio nas orações. Ele indica circunstâncias, como tempo, modo e finalidade.
Exemplos: Estudarei AMANHÃ; Estudo COM CONCENTRAÇÃO; Estudei PARA A PROVA.
O adjunto adverbial é um termo acessório, porque apesar de não ser indispensável para a construção da oração, ele transmite ideias importantes à comunicação.
A classificação dos adjuntos adverbiais depende das circunstâncias que eles indicam.
Adjunto adverbial de tempo
Os adjuntos adverbiais de tempo fornecem à oração uma ideia temporal, tal como: hoje, amanhã, ontem, cedo, tarde, ainda, agora, no inverno.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de tempo:
Ontem jantamos juntos.
Ele ainda está aqui?
Costuma ficar doente no inverno.
Adjunto adverbial de modo
Os adjuntos adverbiais de modo fornecem à oração a ideia de modo, maneira, tal como: bem, mal, melhor, pior, assim, diferente, igual, felizmente, e quase todos os terminados em "mente".
Exemplos de orações com adjunto adverbial de modo:
Felizmente, a criança chegou.
Fomos depressa.
Ela canta bem.
Adjunto adverbial de finalidade
Os adjuntos adverbiais de finalidade fornecem à oração a ideia de finalidade, tal como: a fim de, para, por.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de finalidade:
Eu me esforcei para a prova.
Estudei a fim de ser alguém na vida.
Faço tudo por você.
Adjunto adverbial de intensidade
Os adjuntos adverbiais de intensidade fornecem à oração a ideia de intensidade, força, tal como: muito, pouco, mais, menos, bastante, extremamente, intensamente.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de intensidade:
Gostamos muito da apresentação.
A palestra foi bastante motivadora.
Eles são tão complicados!
Adjunto adverbial de causa
Os adjuntos adverbiais de causa fornecem à oração a ideia de causa, razão, tal como: porque, pois, por causa de, com o.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de causa:
Me molhei por causa da chuva.
Com o atraso, perdi o ônibus.
A festa acabou com o incidente.
Adjunto adverbial de companhia
Os adjuntos adverbiais de companhia fornecem à oração a ideia de companhia, acompanhamento, tal como: com, junto com, na companhia de.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de companhia:
Vá junto com eles.
Jogou com os vizinhos.
Jantou na companhia dos parentes.
Adjunto adverbial de lugar
Os adjuntos adverbiais de lugar fornecem à oração a ideia de lugar, espaço, tal como: aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, embaixo, dentro, fora, longe, perto, em cima, em casa.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de lugar:
Ficamos em casa.
É aqui perto.
Vou ali e volto.
Adjunto adverbial de assunto
Os adjuntos adverbiais de assunto indicam assunto, tema, tal como: sobre, de, a respeito de.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de assunto:
Discutimos sobre inovação.
Falamos a respeito da sua viagem.
O livro fala de costumes regionais.
Adjunto adverbial de concessão
Os adjuntos adverbiais de concessão fornecem à oração a ideia de concessão, autorização, tal como: todavia, contudo, se bem que, apesar de, mesmo que.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de concessão:
Saímos, apesar da neve.
Fiz, todavia não comi.
Mesmo que ele convide, não vou.
Adjunto adverbial de conformidade
Os adjuntos adverbiais de conformidade fornecem à oração a ideia de conformidade, concordância, tal como: conforme, segundo, de acordo.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de conformidade:
Fizemos conforme a receita.
Ligue o aparelho segundo as instruções do manual.
Agimos de acordo com as regras.
Adjunto adverbial de instrumento
Os adjuntos adverbiais de instrumento dão a indicação de instrumento, tal como: a lápis, com a faca, de colher.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de instrumento:
Preencheu o documento a lápis.
Comeu o arroz de colher.
Cortou o pacote com a faca.
Adjunto adverbial de negação
Os adjuntos adverbiais de negação expressam a ideia de recusa, tal como: não, nunca, jamais, de jeito nenhum.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de negação:
Não estamos na mesma classe.
Eu nunca agiria assim.
Jamais voltarei a fazer isso.
Adjunto adverbial de afirmação
Os adjuntos adverbiais de afirmação expressam a ideia de afirmação, confirmação, tal como: sim, certamente, realmente, com certeza.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de afirmação:
Sim, eu vou contigo.
Certamente faremos o curso.
Realmente, ele está dizendo a verdade.
Adjunto adverbial de dúvida
Os adjuntos adverbiais de dúvida expressam a ideia de suspeita, receio, tal como: talvez, acaso, provavelmente, quem sabe.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de dúvida:
Talvez eu consiga ir.
Provavelmente chegarei atrasada.
Quem sabe eles façam as pazes.
Adjunto adverbial de matéria
Os adjuntos adverbiais de matéria dão a indicação de material de fabricação, tal como: de, a partir de, com.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de matéria:
O caderno é feito de papel reciclado.
O etanol pode ser produzido a partir de milho, cana-de-açúcar ou beterraba.
Aquela receita é feita com maisena.
Adjunto adverbial de meio
Os adjuntos adverbiais de meio indicam o meio utilizado, tal como: de carro, a pé, pelo correio.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de meio:
Viajamos de carro.
Vamos a pé?
A encomenda será enviada pelo correio.
Adjunto adverbial de argumento
Os adjuntos adverbiais de argumento expressam a ideia de razão, tal como: chega de, basta de.
Exemplos de orações com adjunto adverbial de argumento:
Chega de brigas.
Chega de fofocas!
Basta de gritos.
Diferença entre advérbio e adjunto adverbial
A diferença entre advérbio e adjunto adverbial é que o advérbio é uma classe de palavras e, sendo assim, ele é estudado de forma isolada na oração.
O adjunto adverbial é a função que o advérbio desempenha nas orações, sendo estudado dentro de um contexto e não isoladamente, como o advérbio.
Locuções adverbiais
A locuções adverbiais são duas ou mais palavras, geralmente introduzidas por uma preposição, que correspondem a um advérbio.
Locuções adverbiais de tempo: de dia, de manhã, de noite, à noite, à tarde, às vezes, por vezes, em breve, de quando em quando, de vez em quando, de tempos a tempos, de repente, hoje em dia, a qualquer momento.
Locuções adverbiais de lugar: por ali, por aqui, por dentro, por fora, por perto, à direita, à esquerda, à distância, ao lado, ao largo, em cima, de cima, de dentro, para dentro, de fora, de longe, de perto, embaixo, para onde.
Locuções adverbiais de modo: à pressa, à toa, à vontade, às avessas, às claras, às direitas, às escuras, ao acaso, a sós, ao vivo, a custo, a torto e a direito, ao contrário, de bom grado, de cor, de má vontade, em geral, em silêncio, em vão, de mansinho, sem medo.
Locuções adverbiais de intensidade: de muito, de pouco, de todo.
Locuções adverbiais de afirmação: com certeza, com efeito, de fato, na verdade, sem dúvida, claro que sim.
Locuções adverbiais de negação: de maneira nenhuma, de modo algum, de forma alguma, de jeito nenhum, em hipótese alguma
Locuções adverbiais de dúvida: se possível, quem sabe, ao acaso, por certo.
Adjunto adnominal é o termo acessório da oração que tem a função de caracterizar ou determinar um substantivo. Isso pode ser feito através de artigos, adjetivos e outros elementos que desempenhem a função adjetiva.
Exemplo:
As melhores receitas foram deixadas pelos nossos avós.
Sujeito: As melhores receitas
Núcleo do sujeito: receitas
As (artigo), melhores (adjetivo) são os adjuntos adnominais do substantivo receita.
Predicado: foram deixadas pelos nossos avós
Agente da passiva: pelos nossos avós
Núcleo do agente da passiva: avós
Os (artigo) da contração por + os é adjunto adnominal de avós. O mesmo acontece com nossos (pronome adjetivo): os e nossos referem-se aos avós.
Como vemos, um único substantivo pode ser caracterizado ou determinado por vários adjuntos adnominais. Neste caso: as, melhores, os e nossos são todos adjuntos adnominais.
Adjunto adnominal e Complemento nominal
O adjunto adnominal se refere somente a substantivos, enquanto o complemento nominal, a nomes (substantivos, adjetivos e advérbios).
A melhor forma de afastar a dúvida quanto se um termo é adjunto adnominal ou complemento nominal é através dos sentidos ativo e passivo que carregam.
ativo: adjunto adnominal
passivo: complemento nominal
Exemplo:
Os elogios da diretora aos estudantes.
Adjunto adnominal: os, da diretora.
Complemento nominal: aos estudantes.
Isso porque a diretora fez os elogios (sentido ativo), enquanto os alunos os receberam (sentido passivo).
Essa dúvida só ocorre com a construção - substantivo abstrato + preposição de + substantivo.
Se estiver ligado a adjetivo ou advérbio, é complemento nominal.
Se estiver ligado a substantivo concreto, é adjunto adnominal.
Se o termo indicar posse, é adjunto adnominal.
Se estiver ligado a substantivo abstrato por qualquer preposição exceto a preposição de, é complemento nominal.
O aposto é uma palavra ou expressão que explica ou especifica outro termo da oração.
Geralmente, a pausa entre um termo e outro vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois pontos ou travessão.
Exemplos de aposto:
Maria, irmã de Bernadete, vendeu todos seus bordados.
Gosto de tudo o que servem no restaurante: os peixes, as carnes e as sobremesas.
A Semana Santa de Sevilla, maior festa religiosa da Europa, é um dos eventos mais procurados pelos turistas na época das celebrações pascais.
Chico Buarque — um dos maiores compositores da música brasileira — lançou outra obra literária.
Tipos de aposto
Segundo a intenção do discurso, o aposto pode ser classificado em:
explicativo
distributivo
enumerador
comparativo
resumidor
especificador
aposto de oração
1. Aposto explicativo
O aposto explicativo oferece uma explicação sobre o termo anterior.
Exemplos:
A geografia, estudo da terra, é uma disciplina fundamental do currículo escolar.
Júlia, dos Recursos Humanos, pediu para você preencher essas fichas.
Maria, professora de inglês, não pode dar aula hoje.
2. Aposto distributivo
O aposto distributivo retoma as explicações sobre os termos, contudo, de maneira separada na oração.
Exemplos:
Vitória e Luís foram os vencedores, aquela na corrida e este no atletismo.
Adoro João e Maria, um exemplo de calma e a outra, de agitação.
Tenho dois grandes amigos, um é português, outro é inglês.
3. Aposto enumerador
O aposto enumerador enumera as explicações sobre o termo.
Exemplos:
Na bolsa levava o que precisava: roupas, biquínis e toalhas.
O programa de hoje é: praia, pizza e cinema.
Na lista, havia dois pedidos: arrumar a cama e estudar para a prova.
4. Aposto comparativo
O aposto comparativo compara termos da oração.
Exemplos:
Aquela mãe, uma guerreira na selva, conseguiu criar os filhos sozinha.
Do doce, manjar dos deuses, não tinha sobrado nada.
O homem, um general, só sabia mandar.
5. Aposto resumidor
O aposto resumidor resume os termos anteriores do enunciado.
Exemplos:
Saúde, educação e acesso à cultura, tudo isso são prioridades para a melhoria de um país.
Paz e sossego, esses são os meus desejos para as férias.
Roupas, jogos e livros, tudo pronto para as férias!
6. Aposto especificador
O aposto especificador especifica um termo da oração.
Exemplos:
A aluna Joana continua a nos surpreender.
A avenida Paulista é lindíssima.
O escritor Monteiro Lobato foi um intelectual polêmico.
7. Aposto de oração
O aposto de oração é uma oração que tem valor de aposto e depende da outra em termos sintáticos.
Exemplos:
Os bolos ficaram lindos e saborosos, fruto da sua técnica e dedicação.
As coisas correram mal, desfecho inevitável.
O casal se dá muito bem, fato que me deixa tranquila.
Aposto e Vocativo
Enquanto o aposto explica um termo anterior dito no enunciado, o vocativo, é um chamamento, uma invocação, ou pode caracterizar uma pessoa que chama pela outra no enunciado.
Além disso, o vocativo corresponde a um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração, de forma que não faz parte nem do sujeito e nem do predicado. Enquanto isso, o aposto mantém relação sintática com outros termos da oração.
Exemplos:
Moisés, venha jantar! (Vocativo)
Moisés, o profeta religioso, é considerado o grande libertador dos judeus. (Aposto)
O vocativo é um termo que indica o “chamamento”, “invocação”, “interpelação” de uma pessoa (interlocutor) real ou fictícia.
Geralmente, ele é isolado por vírgulas quando a pausa for curta, ou com o ponto de exclamação, interrogação ou reticências, quando for uma pausa longa.
É um termo independente da oração, não faz parte do sujeito nem do predicado.
Formação do vocativo
O vocativo pode ser formado por:
Substantivo, por exemplo: Laís, faça o trabalho de casa.
Adjuntos adnominais, por exemplo: Força, meu amor, nós conseguiremos.
Pronome pessoal do caso reto, por exemplo: Atenção, você, diminua a velocidade.
Toda Matéria - termos integrantes da oração e transitividade verbal
O complemento verbal tem exatamente a função de completar o sentido dos verbos transitivos diretos e transitivos indiretos.
São eles o objeto direto e o objeto indireto. Esses complementos verbais são importantes porque há orações cujos verbos não têm sentido completo em si.
Objeto Direto
O objeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto, ou seja, aquele cuja preposição não é obrigatória.
Exemplo:
Eu quero um vestido.
Quem quer, quer alguma coisa. Quero um vestido, logo "um vestido" é o objeto direto.
Objeto Indireto
O objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo indireto, aquele que obrigatoriamente vem precedido de preposição.
Exemplo:
Obedecemos aos nossos pais.
Quem obedece, obedece a alguém. Obedecemos aos nossos pais, logo "aos nossos pais" é objeto indireto.
Objeto Direto e Indireto
Por vezes, o verbo pede mais de um complemento. Nesses casos, ele é chamado de transitivo direto e indireto.
Exemplo:
Ofereceram esmola ao mendigo.
Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém. Assim "esmola" é objeto direto e "ao mendigo" é objeto indireto.
Objetos pleonásticos
Os objetos pleonásticos são aqueles que se repetem com o objetivo de enfatizar.
Exemplos:
A vida, o vento a levou.
A vida é objeto direto. O a de "a levou" é objeto direto pleonástico.
Ao indiscreto, não lhe confio nada.
Ao indiscreto é objeto indireto. O lhe de "não lhe confio" é objeto indireto pleonástico.
Objeto Direto Preposicionado
O objeto direto não exige preposição. Assim, embora a preposição não seja obrigatória, há casos em que o objeto direto pode ser completado com preposição, com a finalidade de evitar ambiguidades ou por uma questão estilística.
Exemplos:
Ao ladrão a polícia apanhou.
Pediram a mim e não a ti.
Amar a Deus sobre todas as coisas.
Complemento nominal é a informação que completa o sentido de um nome - substantivo, adjetivo ou advérbio - contido na oração.
Exemplos de complemento nominal
Frituras fazem mal ao fígado. (“ao fígado” completa o sentido do adjetivo “mal”)
Estamos ansiosos com a sua chegada. (“com a sua chegada” completa o sentido do adjetivo “ansiosos”)
Alguém tem notícias dela? (“dela” completa o sentido do substantivo “notícias”)
Fique perto de mim. (“de mim” completa o sentido do advérbio “perto”)
Música alta faz mal aos ouvidos. (“aos ouvidos” completa o sentido do advérbio “mal”)
Estavam radiantes com as suas notas. (“com as suas notas” completa o sentido do adjetivo “radiantes”)
O complemento nominal pode ser representado por uma oração subordinada substantiva completiva nominal:
Tenho esperança de que eles compareçam. (“de que eles compareçam” completa o sentido do substantivo “esperança”)
Receio que ele chegue à conclusão de que eu já sabia. (“de que eu já sabia” completa o sentido do substantivo “conclusão”)
Complemento nominal e complemento verbal
Os complementos nominais vêm sempre seguidos de preposição, tal como o objeto indireto (este, um complemento verbal).
Assim, é importante não confundir esses dois termos. Enquanto a função do complemento nominal é completar o sentido de um nome, a função do objeto indireto é completar o sentido de um verbo.
Exemplos:
As crianças têm medo do escuro. (“do escuro” é complemento nominal do substantivo “medo”)
Já dei o presente ao meu pai. ("o presente" e "ao meu pai" são complementos verbais. "O presente" é objeto direto do verbo "dar" e "ao meu pai" é objeto indireto do verbo "dar".
Esteja atento ao telefone. (“ao telefone” é complemento nominal do adjetivo “atento”)
Já falo com você. (“com você” é complemento verbal, pois é o objeto indireto do verbo “falar”)
Complemento nominal e adjunto adnominal
É importante não confundir o complemento nominal com o adjunto adnominal.
Enquanto o complemento nominal tem a função de completar um substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal caracteriza um substantivo.
Exemplos:
Detesto a demora do ônibus. (“do ônibus” é complemento nominal, pois completa o sentido do substantivo “demora”)
Ainda não comprei os presentes de Natal. (“de Natal” é adjunto adnominal, pois caracteriza o substantivo “presentes”)
Agente da Passiva é o termo que indica quem ou o que executa a ação de um verbo na voz passiva. Esse termo vem sempre depois de preposição.
Compare as orações na voz ativa e passiva:
João comprou a vitamina.
A vitamina foi comprada por João.
Nas orações acima, o verbo comprar aparece na voz ativa (comprou) e na voz passiva (foi comprada). Na oração 2, por João é o agente da passiva.
A voz passiva é formada por sujeito paciente + verbo auxiliar + verbo principal no particípio + agente da passiva:
Sujeito paciente: a vitamina
verbo auxiliar: foi
Verbo principal no particípio: comprada
Agente da passiva: por João
Há três tipos de vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. Exemplos:
Pintamos o apartamento. (voz ativa)
O apartamento foi pintado por nós. (voz passiva)
A criança pintou-se toda com canetinha. (voz reflexiva)
Transformação da voz ativa em voz passiva
Para transformar uma oração que está na voz ativa em uma oração cuja voz seja passiva, siga o seguinte esquema:
Transforme o sujeito em agente da passiva
Transforme o verbo em locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal no particípio)
Voz ativa:
Os ex-alunos homenagearam os professores aposentados.
Sujeito: os ex-alunos
Verbo transitivo: homenagearam
Objeto direto: os professores aposentados
Voz passiva:
Os professores aposentados foram homenageados pelos ex-alunos.
Sujeito: os professores aposentados
Locução verbal: foram homenageados
Agente da passiva: pelos ex-alunos
Repare que o objeto direto do exemplo 1 deu origem ao agente da passiva. Isso quer dizer que apenas os verbos transitivos diretos podem ser transformados para a voz passiva.
O Predicativo do Objeto é o elemento que atribui uma característica ao objeto direto ou ao objeto indireto.
Ele ocorre quando o predicado é verbo-nominal e funciona como núcleo nominal do predicado.
Exemplos:
O professor deixou João desconsolado.
Acho as suas aulas fantásticas!
Deixaram a casa bagunçada.
"Desconsolado, fantásticas, bagunçada" são predicativos do objeto, porque caracterizam os objetos (João, as suas aulas, -lhe).
O predicado verbo-nominal é o que apresenta dois núcleos (parte principal do predicado): um núcleo verbal, que contém um verbo, e outro núcleo nominal, que contém um nome, como um adjetivo ou um substantivo.
Nos exemplos, os núcleos dos predicados verbo-nominais são:
O professor deixou João desconsolado. (núcleo verbal: deixou, núcleo nominal: desconsolado)
Acho as suas aulas fantásticas! (núcleo verbal: acho, núcleo nominal: fantásticas)
Deixaram a casa bagunçada. (núcleo verbal: deixaram, núcleo nominal: bagunçada)
Quase sempre o predicativo do objeto ocorre com o objeto direto. Eventualmente pode atribuir uma característica a um objeto indireto.
Isso acontece apenas com o verbo chamar. Exemplo:
Chamaram-lhe mentiroso.
"Mentiroso" é o predicativo do objeto, porque caracteriza o objeto "-lhe" (Chamaram a ele). Os núcleos do predicado são: núcleo verbal - chamaram, núcleo nominal - mentiroso.
Exemplos de predicativo do objeto
Nós achamos as férias fantásticas.
Eles a encontraram perdida.
Consideraram os bolos deliciosos.
A notícia deixou a família feliz.
Encontramos os jovens radiantes.
O conselho elegeu-o administrador.
Avistei o rebanho saudável.
A situação deixou o homem perturbado.
Julgou o réu culpado.
Considerou a atitude ridícula.
Diferença entre predicativo do objeto e predicativo do sujeito
A diferença entre predicativo do objeto e predicativo do sujeito é que no predicativo do objeto a característica é atribuída ao objeto, enquanto no predicativo do sujeito a característica é atribuída ao sujeito.
Compare:
Os professores são ótimos.
A turma adorou os professores novos.
"Ótimos" está atribuindo uma característica ao sujeito (os professores). "Novos" está atribuindo uma característica ao objeto (os professores). Nesta oração, o sujeito é "a turma".
Diferença ente predicativo do objeto e adjunto adnominal
Às vezes, o predicativo do objeto é confundido com o adjunto adnominal.
Para afastar a dúvida, basta substituir o objeto direto por um pronome substantivo. Se nessa alteração a característica manter-se, estamos diante de predicativo.
Compare:
O namorado deixou Ana triste.
O namorado disse palavras tristes.
A primeira oração pode ser reescrita da seguinte forma: O namorado deixou-a triste. "Triste" está atribuindo uma característica ao objeto (Ana). Nesta oração, o sujeito é "o namorado".
A segunda oração pode ser reescrita da seguinte forma: O namorado disse-as. Não faz sentido dizer "O namorado disse-as tristes", por isso, como essa característica foi removida, "tristes" é adjunto adnominal.
Transitividade verbal é a forma de ligar o sujeito ao predicado da oração ou ao predicativo do sujeito. No que respeita à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos são aqueles verbos que expressam sentido completo, sendo capazes de constituir predicado sozinhos.
Exemplos:
Escorreguei.
Ela saiu.
Não quer dizer que a oração acabe sempre no verbo intransitivo. Ainda que não seja exigido, após o verbo pode ser acrescentada mais alguma informação, tal como adjunto adverbial ou predicativo do sujeito.
Exemplos:
Escorreguei ali.
Ela saiu desesperada.
Verbos Transitivos
Os verbos transitivos são aqueles verbos que não tem sentido sozinhos, por isso, precisam de complementos.
Chama-se transitividade verbal a necessidade que um verbo tem de ser completado com algo. Ele precisa transitar para o objeto, ou seja, ir em busca de algo que complete o seu sentido.
Exemplos:
Relatei o ocorrido.
Gosto de rock.
Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos são aqueles cujo complemento não exige preposição.
Exemplos:
Comprei jornais variados.
Cantou músicas sertanejas.
Verbos Transitivos Indiretos
Os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles cujo complemento exige preposição.
Exemplos:
Este documentos pertencem ao cliente.
Interessou-se pelos discos.
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles que precisam de dois complementos, um sem e outro com preposição.
Exemplos:
Comprei jornais variados naquela banca.
Não existe nada entre nós.
Verbos de Ligação
Os verbos de ligação ligam o sujeito às suas características (predicativo do sujeito). Eles exprimem estado, mudança ou continuidade.
Diferentemente dos verbos intransitivos e os verbos transitivos, os verbos de ligação não expressam ações. Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, virar, tornar-se, viver.
Exemplos:
Estou doente.
Continuo resfriada.
Importante!
O mesmo verbo pode ser empregado com predicações verbais diferentes. Por isso, é importante destacar que somente após analisar o contexto é possível classificar se o verbo presente na oração é intransitivo, transitivo ou de ligação.
Exemplos:
Ela fala demais. (Verbo Intransitivo)
Ela fala várias línguas. (Verbo Transitivo)
Toda Matéria - sujeito e predicado
O sujeito é o elemento que pratica ou sofre a ação expressa pelo verbo de uma frase.
Para identificá-lo, basta fazermos uma pergunta sobre tal ação; observe:
“O ajudante da loja correu muito com o veículo.”
Ao nos perguntarmos: “Quem correu muito com o carro?”, o que temos como resposta corresponde ao sujeito que, por ter praticado a ação é classificado como sujeito agente: o ajudante da loja.
Um sujeito que sofre uma ação é classificado como sujeito paciente. Veja:
“O carro foi comprado por Carlos.”
Se nos perguntarmos “O que foi comprado por Carlos?”, a resposta corresponde ao sujeito da frase: “o carro”. Nesse caso, “o carro” é um sujeito paciente, pois sofreu a ação de ser comprado.
Classificação do sujeito
Os sujeitos são classificados em:
Sujeito determinado - é o sujeito que pode ser identificado na oração. Um sujeito determinado pode ser simples, composto ou oculto. Exemplo: A menina escreve bem. Sujeito: A menina.
Sujeito indeterminado - é o sujeito que não é identificado na oração. Exemplo: Falaram mal da tua vizinha. (Não é possível determinar quem praticou a ação de “falar mal.”)
Sujeito inexistente - ocorre em orações que são construídas com verbos impessoais e que, portanto, não admitem agentes de ação. Exemplo: Faz tempo que não o vejo.
Tipos de sujeito
Sujeito simples
O sujeito simples é formado por um núcleo único, ou seja, tal sujeito tem apenas um termo principal.
Exemplos:
O empregado da casa vendeu seu carro. (sujeito simples: o empregado - núcleo: empregado)
Eles estão sempre omitindo a verdade. (sujeito simples: Eles núcleo: Eles)
As folhas caíram. (sujeito simples: As folhas - núcleo: folhas)
Sujeito composto
O sujeito composto é formado por dois ou mais núcleos, ou seja, trata-se de um sujeito que tem duas ou mais palavras principais.
Exemplos:
Ana Maria e Joaquim terminaram o namoro. (sujeito composto: Ana Maria e Joaquim - núcleos: Ana Maria, Joaquim)
Eu, você e o nosso cão estamos perdidos mais uma vez. (sujeito composto: Eu, você e o nosso cão - núcleos: Eu, você, cão)
Livros e cinema são o meu passatempo preferido. (sujeito composto: livros e cinema - núcleos: Livros, cinema)
Sujeito oculto
O sujeito oculto, também chamado de elíptico, desinencial ou implícito, é aquele que não está declarado na oração.
Apesar disso, ele é classificado como determinado porque pode ser identificado pelo contexto e pela conjugação verbal presente na oração.
Exemplos:
No trajeto para casa, passei pelo parque da cidade. (Note que, através da flexão verbal “passei”, podemos identificar a primeira pessoa do singular “eu”. Logo, “No trajeto para casa, (eu) passei pelo parque da cidade.”)
Gostamos de pular Carnaval. (Através da conjugação verbal, identificamos o sujeito oculto da oração: “(Nós) Gostamos de pular Carnaval.”
Armando saiu da escola muito cedo. À tarde levou tudo para casa. (Aqui temos “Armando” como sujeito da primeira oração e na segunda, o sujeito da ação, que já foi mencionado anteriormente, é equivalente a “ele”: À tarde (ele) levou tudo para a casa.)
Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que não permite identificar o agente da ação, nem pelo contexto, nem pela terminação verbal do enunciado.
Apesar de o sujeito ser um termo essencial na oração, o sujeito indeterminado pode se manifestar pelo desconhecimento ou desinteresse do agente que executa a ação.
Além disso, é um tipo de sujeito que ocorre quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada. Há três características que ajudam a identificá-lo:
1) Uso de um verbo na 3ª pessoa do plural que não se refere a nenhum substantivo citado anteriormente na oração.
Exemplos:
Disseram que ele foi eleito.
Capturaram o fugitivo.
Falavam mal o tempo todo.
2) Uso do pronome "se" e de um verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação na 3ª pessoa do singular (de modo que não se consiga identificar quem pratica a ação).
Exemplos:
Acorda-se feliz (verbo intransitivo).
Necessita-se de pessoas jovens (verbo transitivo indireto).
Nem sempre se é justo nesse mundo (verbo de ligação).
3) Uso de verbo no infinitivo pessoal.
Exemplos:
É difícil agradar a todos.
Seria bom pesquisar mais sobre o assunto.
Era bom viajar pelo mundo!
Sujeito inexistente
O sujeito inexistente ocorre nas chamadas orações sem sujeito, uma vez que elas são constituídas por verbos impessoais, ou seja, não admitem agentes da ação, como ocorre nos casos abaixo:
Verbos que indicam fenômenos da natureza: amanheceu, anoiteceu, choveu, nevou, ventou, trovejou, etc.
Verbo haver quando empregado com sentido de existir, acontecer e indicando tempo passado.
Verbos ser, fazer, haver, estar, ir e passar indicando tempo ou distância.
Exemplos:
Trovejou durante a noite.
Há boas palestras no congresso.
Está na hora do intervalo.
Núcleo do sujeito
O núcleo do sujeito representa o termo mais importante do sujeito. Quando o sujeito possui um artigo definido ou indefinido, por exemplo, o núcleo consiste apenas no substantivo que vem depois dele.
Assim, embora tanto o artigo quanto o substantivo componham o sujeito, o núcleo é aquilo que tem mais importância no que diz respeito ao significado.
É através do núcleo, por exemplo, que identificamos se o sujeito é simples ou composto. Um sujeito simples tem um único núcleo, enquanto um sujeito composto tem dois núcleos ou mais.
Exemplos:
1) As meninas cantaram lindamente.
Sujeito: As meninas
Núcleo do sujeito: meninas
Tipo de sujeito: simples
2) Os avós, os pais e seus filhos viviam na quinta.
Sujeito: Os avós, os pais e seus filhos
Núcleo do sujeito: avós, pais, filhos
Tipo de sujeito: composto
Sujeito e Predicado
O sujeito e o predicado são os termos essenciais da oração. Isso quer dizer que eles são indispensáveis na construção de uma oração, ainda que haja orações em que o sujeito seja inexistente. Lembre-se de que o predicado é o que é dito acerca do sujeito.
Exemplo: As estudantes gravaram um vídeo sobre a aula.
Sujeito: As estudantes
Predicado: gravaram um vídeo sobre a aula.
O predicado, formado por um ou mais verbos, é aquilo que se declara sobre a ação do sujeito, concordando em número e pessoa com ele.
Exemplo: Lúcia correu no final da semana passada.
No exemplo acima, temos:
Sujeito da ação. Para determinar o sujeito devemos fazer a pergunta: Quem correu no final de semana passada? “Lúcia”é o sujeito simples que realiza a ação.
Predicado. Após identificar o sujeito da ação, todo o restante é o predicado. Trata-se da ação realizada pelo sujeito que, nesse caso, corresponde a “correu a semana passada”.
Tipos de predicado
De acordo com seu núcleo significativo, os predicados são classificados em três tipos:
Predicado verbal
Indica uma ação, sendo constituído por um núcleo, que é um verbo nocional (verbo que indica uma ação). Nesse caso, não há presença de predicativo do sujeito, por exemplo:
Nós caminhamos muito hoje. (núcleo: caminhamos) - os termos 'muito' e 'hoje' são apenas circunstâncias (no caso, de tempo e de intensidade)
Cheguei hoje de viagem. (núcleo: cheguei) - o termo 'de viagem' é apenas uma circunstância (no caso, de tempo)
O cliente perdeu os documentos. (núcleo: perdeu) - o termo 'os documentos' está apenas para completar o sentido do verbo
Predicado nominal
Indica estado ou qualidade, sendo constituído por um verbo de ligação (verbo que indica estado) e o predicativo do sujeito (complementa o sujeito atribuindo-lhe uma qualidade).
Há somente um núcleo, caracterizado por um nome (substantivo ou adjetivo), pronome ou numeral, por exemplo:
Alan está feliz. (núcleo: feliz)
Fiquei exausta. (núcleo: exausta)
Ele continua atencioso comigo. (núcleo: atencioso)
Predicado verbo-nominal
Ao mesmo tempo que indica ação do sujeito, esse tipo de predicado informa sua qualidade ou estado, sendo constituído por dois núcleos: um nome e um verbo.
Nesse caso, há presença de predicativo do sujeito ou predicativo do objeto (complementa o objeto direto ou indireto, atribuindo-lhes uma característica), por exemplo:
Suzana chegou cansada. (núcleos: chegou, cansada)
Terminaram satisfeitos o trabalho. (núcleos: terminaram, satisfeitos)
Considerou a caminhada desagradável. (núcleos: considerou, desagradável)
Para identificar um predicado verbo-nominal, o verbo que indica ação está expresso na oração. O verbo que indica estado ou qualidade, por sua vez, está subentendido.
Assim, “Suzana chegou” caracteriza o verbo nocional, o qual representa a ação do sujeito. Enquanto que “(estava) cansada” indica o estado do sujeito, onde o verbo não nocional está implícito na frase.
Toda Matéria - frase, oração e período
Embora muitas pessoas usem os termos frase, oração e período como sinônimos, eles apresentam conceitos distintos:
Frase: enunciado linguístico que possui um sentido completo.
Oração: enunciado que contém um verbo ou locução verbal e que pode não apresentar um sentido completo.
Período: enunciado que contém uma ou mais orações de sentido completo.
O que é frase?
Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com uma pausa pontuada.
Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi enunciado tem sentido completo.
Exemplos de frases:
Silêncio!
E agora, José?
Choveu.
Não sei o que dizer...
As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos soltos.
Tipos de frases
Frases declarativas: o emissor da mensagem constata algum fato de maneira afirmativa ou negativa. Exemplos: O curso termina esse ano (afirmativa); O curso não termina esse ano negativa).
Frases interrogativas: o emissor da mensagem interroga sobre algo direta ou indiretamente. Exemplos: — Você quer comer? (pergunta direta); Gostaria de saber se você quer comer (pergunta indireta).
Frases exclamativas: o emissor da mensagem manifesta emoção, surpresa. Exemplos: Que lindo!; Puxa vida!
Frases imperativas: o emissor da mensagem emite uma ordem, conselho ou pedido, seja de maneira afirmativa ou negativa. Exemplos: Faça o almoço (afirmativa); Não faça o almoço (negativa).
Frases optativas: o emissor da mensagem expressa o desejo sobre algo. Exemplo: Que Deus te acompanhe!; Muitas felicidades nessa nova fase!
O que é oração?
A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Elas podem ou não ter sentido completo.
Exemplos de oração:
Acabamos, finalmente!
Levaram tudo.
É provável.
Estamos indo...
Tipos de oração
Dependendo da relação sintática estabelecida, as orações são classificadas de duas maneiras:
Orações coordenadas: são orações independentes onde não existe relação sintática entre elas e, por isso, possuem um sentido completo. Exemplo: Fomos para o Congresso e apresentamos o artigo. (Oração 1: Fomos ao Congresso; Oração 2: apresentamos o artigo.).
Orações subordinadas: são orações dependentes onde uma está subordinada à outra e, por isso, sozinhas não possuem um sentido completo. Exemplo: É possível que Juliana não faça a prova. (Oração 1: É possível; Oração 2: que Juliana não faça a prova.).
Os termos essenciais da oração
As orações são estruturadas em torno de um sujeito e de um predicado que, por isso, são chamados de termos essenciais da oração.
O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto predicado é a declaração feita sobre o sujeito.
Exemplo: Os alunos homenagearam o professor.
Sujeito: Os alunos
Predicado: homenagearam o professor.
Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da oração) e termos presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma sem que o seu sentido fosse afetado (termos acessórios da oração).
O que é período?
Período é a frase organizada em uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto.
Tipos de período
1. Período Simples
O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de um único verbo ou de uma única locução verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração absoluta.
Exemplos de período simples:
Estamos felizes com os resultados.
Faltam apenas alguns dias.
Talvez eu vá.
2. Período Composto
O período composto é formado por mais de uma oração. Nesse caso, a quantidade de orações é sujeita ao número de verbos ou de locuções verbais.
Exemplos de período composto:
Faça como eu pedi.
Não sei se tenho coragem.
Começou a gritar enquanto ele ia passando.
Toda Matéria - interjeições e advérbios
A interjeição é a palavra que expressa emoção ou uma sensação e é sempre acompanhada de um ponto de exclamação (!). Esta é uma das dez classes gramaticais. É classificada de acordo com o sentimento que ela expressa.
Dependendo do contexto, uma mesma interjeição pode expressar sentimentos diferentes.
Ah! Que história maravilhosa - admiração
Ah! Bati a cabeça na porta - dor
Ah! Não encontrei o que procurava - desapontamento
Ah! Então a culpa é sua - reprovação
Ah! As férias chegaram - alegria
Locução interjetiva
Locução interjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que desempenham o papel da interjeição.
Exemplos:
Ai de mim!
Puxa vida!
Virgem Santa!
Valha-me Deus!
Cruz Credo!
Quem me dera!
O advérbio é a palavra que indica uma circunstância (modo, lugar, tempo). Ele pode modificar um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Exemplos:
O vizinho fala alto. (alto é um advérbio que indica o modo como o vizinho fala)
A modelo é muito bonita. (muito é um advérbio que intensifica o quanto a modelo é bonita)
O vizinho fala bastante alto. (bastante é um advérbio que intensifica o quanto o vizinho fala alto)
De acordo com as circunstâncias que exprimem, os advérbios podem ser de modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida, entre outros.
Advérbio de modo
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, e grande parte das palavras que terminam em "-mente", como cuidadosamente, calmamente, tristemente.
O advérbio de modo indica a forma como algo aconteceu ou foi feito, por exemplo:
Fui bem na prova.
Estava andando depressa por causa da chuva.
Colocou os copos cuidadosamente na pia.
Advérbio de intensidade
Muito, demais, pouco, mais, menos, bastante, meio, tão, quão, quanto, quase.
O advérbio de intensidade reforça algo, por exemplo:
Comeu demasiado naquele almoço.
Ela gosta bastante dele.
A mãe é muito atenciosa.
Advérbio de lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora, atrás, detrás, longe, perto, algures, nenhures, alhures.
O advérbio de lugar indica um espaço ou uma posição, por exemplo:
Minha casa é ali.
O livro está embaixo da mesa.
As notas estão bem abaixo do esperado.
Advérbio de tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois, enfim, ainda, jamais, nunca, sempre, outrora, imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente, constantemente.
O advérbio de tempo indica um momento, um período, por exemplo:
Ontem estivemos numa reunião de trabalho.
Sempre estamos juntos.
Já chegou?
Advérbio de negação
Não, nem, sequer, absolutamente, tampouco, nunca, jamais.
O advérbio de negação serve para negar ou dizer que algo não é verdade, por exemplo:
Jamais reatarei meu namoro com ele.
Não saiu de casa naquela tarde.
Sequer pensou para falar.
Advérbio de afirmação
Sim, certo, certamente, realmente, decididamente, efetivamente, deveras, indubitavelmente, decerto.
O advérbio de afirmação serve para afirmar ou confirmar, por exemplo:
Certamente passearemos nesse domingo.
Ele gostou deveras do presente de aniversário.
Sim, vou.
Advérbio de dúvida
Talvez, possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, eventualmente.
O advérbio de dúvida serve para indicar incerteza, por exemplo:
Provavelmente irei ao banco.
Quiçá chova hoje.
Talvez o cumprimente.
Advérbio interrogativo
Quando, como, onde, aonde, donde, por que.
O advérbio interrogativo pode indicar circunstâncias de modo, tempo, lugar e causa. É usado apenas em orações interrogativas diretas ou indiretas, por exemplo:
Por que vendeu o livro? (oração interrogativa direta, que indica causa)
Quando posso sair? (oração interrogativa direta, que indica tempo)
Explica como você fez isso. (oração interrogativa indireta, que indica modo)
Advérbio de ordem
Depois, após, ultimamente, primeiramente.
O advérbio de ordem serve para indicar ou colocar em ordem, por exemplo:
Depois vou à praia.
Ultimamente acordo cedo.
Primeiramente cumprimentou os presentes.
Advérbio de inclusão
Também, inclusive, ainda, mesmo, até.
O advérbio de inclusão serve para incluir, acrescentar algo, por exemplo:
Até ele tirou boas notas.
As joias também sumiram.
Inclusive, ele fala alemão.
Advérbio de exclusão
Só, somente, salvo, exceto, apenas, menos.
O advérbio de exclusão serve para excluir, deixar algo de fora, por exemplo:
Só foi à escola hoje.
Come somente vegetais.
Está estudando apenas para o Enem.
Flexão dos advérbios
Os advérbios são considerados palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino). No entanto, os advérbios são flexionados nos graus comparativo e superlativo.
Grau comparativo
No grau comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade, inferioridade ou superioridade.
Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo: Joaquim fala tão baixo quanto Pedro.
Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo: Minha casa é menos perto que a casa de Sílvia.
Superioridade: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana anda mais depressa que Carolina.
Grau superlativo
No grau superlativo, o advérbio pode ser superlativo analítico ou superlativo sintético.
Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito baixo.
Sintético: quando é formado pelo sufixo -íssimo, por exemplo: Isabel fala baixíssimo.
Locuções adverbiais
As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que têm a função de advérbio. De acordo com as circunstâncias que exprimem, as locuções adverbiais podem ser de tempo, modo, lugar, entre outras.
Exemplos:
Em breve nos veremos. (locução adverbial de tempo)
Fez os deveres às pressas. (locução adverbial de modo)
Vire à direita. (locução adverbial de lugar)
Toda Matéria - conjunções
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação entre elas.
Exemplos de conjunção:
Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (a conjunção "mas" está ligando a oração "eu iria ao jogo" com a oração "estou sem companhia")
Ele joga futebol e basquete. (a conjunção "e" está ligando as palavras "futebol" e "basquete")
As conjunções são classificadas em coordenativas e subordinativas. As conjunções coordenativas ligam orações independentes e as orações subordinativas ligam orações que são dependentes entre elas.
Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. São divididas em cinco tipos:
Conjunções aditivas
Conjunções adversativas
Conjunções alternativas
Conjunções conclusivas
Conjunções explicativas
1. Conjunções aditivas
E, nem, mas também, como também, mas ainda (depois de não só).
As conjunções aditivas exprimem soma, adição de pensamentos, por exemplo:
Ana não fala nem ouve.
Na festa, comeu e bebeu à vontade.
Trabalha muito, mas também se diverte.
2. Conjunções adversativas
Mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante, senão (= mas sim), e (= mas).
As conjunções adversativas exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos, por exemplo:
Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.
Telefonei, mas ninguém atendeu.
Tentou falar, contudo ele não quis ouvir.
3. Conjunções alternativas
Ou (repetida ou não), ora, quer, já, seja (repetidas).
As conjunções alternativas exprimem escolha de pensamentos, por exemplo:
Ou você vem conosco ou você não vai.
Não viu ou fingiu que não viu.
Ora ria, ora chorava.
4. Conjunções conclusivas
Logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
As conjunções conclusivas exprimem conclusão de pensamento, por exemplo:
Chove bastante, portanto a colheita está garantida.
Consegui falar com ele, pois esperei à sua porta.
Almoçarei antes de sair, logo não ficarei com fome.
5. Conjunções explicativas
Que, porque, pois (quando vem antes do verbo), porquanto.
As conjunções explicativas exprimem razão, motivo, por exemplo:
Não choveu, porque nada está molhado.
Vem aqui, pois preciso falar com você.
Era o sorvete mais gostoso, assim foi o primeiro a acabar.
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da outra e são divididas em dez tipos:
Conjunções integrantes
Conjunções causais
Conjunções comparativas
Conjunções concessivas
Conjunções condicionais
Conjunções conformativas
Conjunções consecutivas
Conjunções temporais
Conjunções finais
Conjunções proporcionais
1. Conjunções integrantes
Que, se.
As conjunções integrantes introduzem orações subordinadas com função substantiva, por exemplo, sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal e aposto:
Quero que você volte já.
Não sei se devo voltar lá.
Você disse que me ligava...
2. Conjunções causais
Que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que (com verbo no indicativo), na medida em que.
As conjunções causais introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa, por exemplo:
Não fui à aula, porque choveu.
Como fiquei doente, não pude ir à aula.
Uma vez que os alunos não compareceram, o evento foi cancelado.
3. Conjunções comparativas
Como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... tanto/como, tanto... quanto/como, tal qual
As conjunções comparativas introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação, por exemplo:
Meu professor é mais inteligente do que o seu.
Agiam como anjinhos.
Dançava como uma bailarina.
4. Conjunções concessivas
Embora, ainda que, conquanto, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, nem que.
As conjunções concessivas iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal, por exemplo:
Vou à praia, embora esteja chovendo.
Não vou nem que me paguem.
Por mais que lia, menos entendia.
5. Conjunções condicionais
Se, caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que, exceto se, salvo se, a menos que, sem que, uma vez que (com verbo no subjuntivo).
As conjunções condicionais iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não, por exemplo:
Se não chover, irei à praia.
Caso decida ir, estarei à espera.
Desde que ele explique, ouvirei com atenção.
6. Conjunções conformativas
Segundo, como, conforme, consoante.
As conjunções conformativas iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro, por exemplo:
Cada um colhe conforme semeia.
Fiz como disseram para fazer.
Sairei mais cedo consoante o trabalho.
7. Conjunções consecutivas
Que (precedida de tal, tão, tanto ou tamanho), de forma que, de modo que, de maneira que, de sorte que.
As conjunções consecutivas iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal, por exemplo:
Foi tamanho o susto que ela desmaiou.
Adiantou os estudos, de modo que ficou com a tarde livre.
Perdeu a hora, de maneira que perdeu a consulta.
8. Conjunções temporais
Logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto, depois que, desde que, até que, toda vez que, mal.
As conjunções temporais iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo, por exemplo:
Quando as férias chegarem, viajaremos.
Sempre que posso, vou à biblioteca.
Dou o recado logo que ele chegue.
9. Conjunções finais
A fim de que, para que, que, porque (= para que).
As conjunções finais iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade, por exemplo:
Estamos aqui para que ele fique tranquilo.
Tirou fotos a fim de que acreditassem no que havia acontecido.
Manteremos segredo para que ela não descubra a surpresa.
10. Conjunções proporcionais
À medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor.
As conjunções proporcionais iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade, por exemplo:
Quanto mais trabalho, menos recebo.
À medida que andava, mais se encantava com a paisagem.
Quanto menos eu souber dessa história, melhor será para mim.
Locução Conjuntiva é a denominação ao conjunto de uma ou mais palavras com valor de conjunção na frase.
São elas: visto que, desde que, ainda que, à medida que, logo que, a fim de que, de modo que.
Lembre-se que a conjunção é uma palavra invariável que liga duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro de uma oração. Ou seja, ela desempenha o papel de conectivo na frase.
Toda Matéria - preposições
Preposição é a palavra que tem a função de conectivo. Ela pode ser usada para ligar um termo a outro (por exemplo: dente de leite), ou uma oração a outra (por exemplo: Chegarei daqui a uma hora.).
As preposições são classificadas em essenciais ou acidentais.
Preposições essenciais são as palavras que só funcionam como preposição.
As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Preposições acidentais são as palavras de outras classes gramaticais que, em certas frases funcionam como preposição. Resultam de uma derivação imprópria.
Exemplos: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto, exceto, tirante, senão, não obstante, fora, que.
Tipos e exemplos de preposições
De acordo com o sentido que as preposições apresentam, em contextos diferentes, podemos identificar alguns tipos de preposição. Os tipos mais comuns são: lugar, modo, tempo, distância, causa, instrumento e finalidade.
Exemplos de preposição de lugar:
O navio veio de São Paulo.
Fui à praça.
Sairemos ao amanhecer.
Exemplos de preposição de modo:
Os prisioneiros eram colocados em fila.
As testemunhas estavam contra ele.
A floresta estava em chamas.
Exemplos de preposição de tempo:
Por dois anos ele viveu aqui.
Após alguns minutos, fui atendido.
O dia do folclore é em 22 de agosto.
Exemplos de preposição de distância:
A cinco quilômetros passa uma estrada.
Correu até onde conseguiu.
Vá até ali!
Exemplos de preposição de causa:
Com a seca, o gado começou a morrer.
Meu coração está doendo de saudade.
Morre de desgosto.
Exemplos de preposição de instrumento:
Ele cortou a árvore com o machado.
Abriu a embalagem com a boca.
Já tentou com o abridor de lata?
Exemplos de preposição de finalidade:
A praça foi enfeitada para a festa.
Tirei férias para descansar.
Eles saíram para tomar ar fresco.
Combinação e contração de preposições
Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras, como artigos, pronomes e advérbios. Assim, quando não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma combinação. É o que acontece entre a preposição A e o artigo O:
ao (a + o)
aos (a + os)
Por conseguinte, quando houver perda fonética, teremos a chamada contração, por exemplo:
na (em + a)
do (de + o)
da (de + a)
nele (em + ele)
dos (de + os)
no (em + o)
dessa (de + essa)
daí (de + aqui)
naquele (em + aquele)
naquilo (em + aquilo)
Toda fusão de vogais idênticas forma uma crase:
à = contração da preposição a + o artigo a
àquilo = contração da preposição a + a primeira vogal do pronome aquilo.
Você também pode se interessar por: Crase
Na língua cotidiana, falada ou escrita, aparecem as reduções pra (para a) e pro (para o). Essas palavras não pedem acento, já que se trata de palavras átonas. por exemplo:
Este é um país que vai pra frente.
Locução prepositiva é a denominação do conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição. A última dessas locuções é sempre uma preposição.
Exemplos de Locução Prepositiva:
Abaixo de
Ao lado de
Dentro de
Em frente a
Junto a
Por causa de
Acerca de
A respeito de
Embaixo de
Ao redor de
Junto de
Por cima de
Acima de
De acordo com
Graças a
Perto de
Por trás de
Toda Matéria - artigos e numerais
Artigos são palavras que vêm antes dos substantivos e servem para especificar ou generalizar o seu sentido.
Os artigos podem ser definidos e indefinidos.
Artigo definido
Os artigos definidos (o, a, os, as) definem ou individualizam, de forma precisa, os substantivos, que podem ser uma pessoa, objeto ou lugar.
Artigo Definido Gênero Número
o masculino singular
a feminino singular
os masculino plural
as feminino plural
Exemplos:
O garoto foi jantar na casa dos pais.
Ganhamos a bicicleta que esperávamos.
Luísa aproveitou para rever os amigos.
As meninas foram viajar.
Em todos os exemplos, podemos notar a precisão de tais pessoas ou objetos pelo emprego correto do artigo definido. Isso porque ele determina de maneira exata o substantivo em questão: o garoto, a bicicleta, os amigos e as meninas.
Assim, fica claro que o artigo definido indica, de modo particular, o substantivo já conhecido. Note que estes estão presentes no texto ou no pensamento do locutor (emissor, autor) ou do interlocutor (receptor, ouvinte).
Artigo indefinido
Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) determinam de maneira vaga, indeterminada ou imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez menção anterior no texto.
Artigo Indefinido Gênero Número
um masculino singular
uma feminino singular
uns masculino plural
umas feminino plural
Exemplos:
Um dia iremos nos encontrar.
Uma certa tarde, saímos para caminhar.
Joana convidou para a festa uns amigos estrangeiros.
Comprei umas camisas para seu aniversário.
Note que em todos os exemplos acima, não está definindo qual objeto, pessoa ou lugar. Nos dois primeiros exemplos, não está identificado “qual o dia” ou “qual a tarde” em que o evento ocorre.
Da mesma maneira, Joana não especifica “quais amigos” ela convidará para a festa. Por fim, “umas camisas” corresponde a uma ideia vaga de “quais camisas” são essas.
Cuidado para não confundir o artigo indefinido “um” com o numeral “um”, pois o numeral é uma palavra utilizada para indicar quantidade.
Emprego dos artigos
1. Os artigos sempre devem concordar com o substantivo em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos:
o garoto - os garotos.
a menina - as meninas.
um mês - uns meses.
uma mesa – umas mesas.
2. Os artigos podem ser combinados com preposições.
ao/aos (a + o/os). Exemplo: O texto é dedicado aos pais.
à/às (a + a/as). Exemplo: Vou à escola todas as manhãs.
da/das (de + a/as). Exemplo: Ganhamos muitos presentes da Inês.
do/dos (de + o/os). Exemplo: Os móveis eram dos nossos avós.
na/nas (em + a/as). Exemplo: O colar está nas coisas da Sônia.
no/nos (em + o/os). Exemplo: Encontramos o anel no corredor.
num/nuns (em + um/uns). Exemplo: Hoje estamos num congresso.
numa/numas (em + uma/umas). Exemplo: Almocei numa lanchonete essa semana.
dum/duns (de + um/uns). Exemplo: Os cadernos encontrados são dum pesquisador.
duma/dumas (de + uma/umas). Exemplo: Preciso dumas blusas para sair.
3. De acordo com sua posição na frase, os artigos podem transformar qualquer tipo de palavra em substantivo, independentemente de sua classe gramatical. Nesse caso, ocorre a derivação imprópria. Exemplos:
O andar de Elisa é muito sensual. (neste caso, o verbo “andar” foi transformado em substantivo).
O vermelho de seus olhos indicou sua tristeza. (neste caso, o adjetivo “vermelho” foi transformado em substantivo).
4. Os artigos definidos podem ser empregados com o intuito de indicar um conjunto de seres ou uma espécie inteira. Dessa forma, o artigo é empregado no singular, entretanto, faz referência a uma pluralidade de seres. Exemplos:
A alma é imortal. (refere-se ao conjunto de almas).
A goiaba é muito rica em vitamina C. (faz referência a todas as goiabas).
5. Na construção das frases a utilização dos artigos indefinidos deve ser moderada, de modo que o excesso de seu uso no texto provoca um “inchaço” ou uma “redundância” desnecessária, tornando-o, deselegante e “pesado”. Exemplos:
Ter (uma) boa educação é fundamental.
São detentores de (um) bom conhecimento.
6. Para uma adequada coesão textual, antes de pronome de sentido indefinido, utiliza-se as palavras como “tal, certo (a), outro (a)”. Exemplos:
Encontrei (uma) certa medalha na cômoda.
Natália não encontrou (um) outro casaco.
7. O artigo indefinido é usado como recurso expressivo para reforçar enunciados exclamativos. Exemplos:
Foi um presente te encontrar!
A festa estava uma delícia!
Numeral é a classe de palavra variável que indica um número exato ou a posição que tal coisa ocupa numa série.
Os numerais podem ser: cardinais (um dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos (dobro, triplo, quádruplo).
Cardinais
Os numerais cardinais são as formas básicas dos números (um, dois, três…) que indicam quantidades. Alguns deles variam em gênero (um/uma, dois/duas, trezentos/trezentas, etc.).
Além disso, alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.
A palavra ambos (as) pode ser considerada numeral, uma vez que indica “os dois” ou “as duas”. Por exemplo: Joana e Beatriz adoram andar. Ambas gostam de caminhar ouvindo música.
Exemplos de numeral cardinal: um, dois, doze, vinte, cem, mil.
Ordinais
Os numerais ordinais indicam ordem de uma sequência, ou seja, representam a ordem de sucessão e uma série, seja de seres, coisas ou objetos (primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto…).
São palavras que variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Por exemplo: primeiro/primeira, primeiros/primeiras, terceiro/terceira, terceiros/terceiras, etc.
Importante destacar que alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Por exemplo: Compre carne de primeira, por favor.
Exemplos de numeral ordinal: primeiro, segundo, décimo, vigésimo primeiro, centésimo, milésimo.
Fracionários
Os numerais fracionários indicam a diminuição das proporções numéricas, ou seja, representam uma parte de um todo. Por exemplo, ¼ (lê-se um quarto), ½ (lê-se meio ou metade), ¾ (lê-se três quartos).
Eles flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural): um quarto de queijo, duas quartas partes de queijo.
Exemplos de numeral fracionário: meio ou metade, quarto, quinto, undécimo, treze avos, vinte e um avos,
Multiplicativos
Os numerais multiplicativos relacionam um conjunto de seres, objetos ou coisas, dando-lhes uma característica que determina o aumento através de múltiplos. Por exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, etc.
Os multiplicativos são invariáveis, mas quando têm função de adjetivo, flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Por exemplo: dose dupla de elogios, duplos sentidos.
Exemplos de numeral multiplicativo: duplo ou dobro, triplo ou tríplice, décuplo, undécuplo, duodécuplo, cêntuplo.
Numerais coletivos
Existem substantivos que indicam quantidades exatas, como dúzia (12 unidades) ou dezena (10 unidades). Esses substantivos também podem ser chamados de numerais coletivos.
Os numerais coletivos sofrem a flexão de número (singular e plural): dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.
Tabela de Numerais Coletivos
Quantidade
Par 2 unidades
Trinca 3 unidades
Quina 5 unidades
Dezena 10 unidades
Dúzia 12 unidades
Vintena 20 unidades
Centena ou cento 100 unidades
Grosa 12 dúzias (144 unidades)
Milhar ou milheiro 1.000 unidades
Dupla 2 pessoas ou coisas
Trio 3 pessoas ou coisas
Tempo
Bíduo 2 dias
Tríduo 3 dias
Quatríduo 4 dias
Semana 7 dias
Novena 9 dias
Decêndio 10 dias
Trezena 13 dias (ou 13 unidades)
Quinzena 15 dias
Mês 28, 29, 30 ou 31 dias
Quarentena 40 dias
Bimestre 2 meses
Trimestre 3 meses
Quadrimestre 4 meses
Semestre 6 meses
Ano 12 meses
Biênio 2 anos
Triênio 3 anos
Quadriênio 4 anos
Quinquênio ou lustro 5 anos
Sexênio 6 anos
Septênio ou setênio 7 anos
Década ou decênio 10 anos
Vintênio 20 anos
Século ou centenário 100 anos
Sesquicentenário 150 anos
Milênio 1.000 anos
Pesos e Medidas
Arroba aproximadamente 15 kg (kg = quilograma)
Resma 500 folhas de papel do mesmo formato
Tonelada (t) 1.000 Kg
Quilômetro (km) 1.000 metros
Milha terrestre (mi) 1.609 metros
Milha náutica ou marítima 1.852 metros
Are (a) 100 metros quadrados
Hectare (ha) 100 ares ou dez mil metros quadrados
Alqueire 2,42 hectares em SP; 4,84 hectares em GO, MG, RJ
Versos Literários
Monóstico conjunto de 1 verso
Dístico conjunto de 2 versos
Terceto conjunto de 3 versos
Quarteto ou Quadra conjunto de 4 versos
Quintilha conjunto de 5 versos
Sextilha conjunto de 6 versos
Septilha conjunto de sete versos
Oitava conjunto de 8 versos
Nona conjunto de 9 versos
Décima conjunto de 10 versos
Para o conjunto de três seres ou coisas, podemos usar: trinca, terno, tríade, trilogia, trio, trindade.
A palavra quarentena costuma ser usada para o isolamento de pessoas ou animais por um determinado intervalo de tempo.
quinta-feira, 17 de agosto de 2023
Toda Matéria - pronomes e colocação pronominal
Os pronomes são palavras que indicam pessoas do discurso, posse e posições. Eles acompanham ou substituem os substantivos.
Por exemplo: Onde está o meu bolo? Não acredito que você o comeu.
"Meu" e "o" são pronomes. O primeiro está acompanhando o substantivo bolo (meu bolo) e o segundo está substituindo o substantivo bolo para não deixar a frase repetitiva (Não acredito que você comeu o bolo).
Tipos de pronomes
De acordo com a função que exercem, os pronomes são classificados em:
Pronomes Pessoais (nele se incluem os pronomes de tratamento)
Pronomes Possessivos
Pronomes Demonstrativos
Pronomes Indefinidos
Pronomes Relativos
Pronomes Interrogativos
Para entender melhor o uso dos pronomes nas frases, confira os exemplos:
1) Mariana apresentou um show esse final de semana. Ela é considerada uma das melhores cantoras de música Gospel.
No exemplo acima, o pronome pessoal “Ela” substituiu o substantivo próprio Mariana. Note que com o uso do pronome no período evitou-se a repetição do nome.
2) Aquela bicicleta é da minha prima Júlia.
Nesse exemplo, utilizamos dois pronomes: o pronome demonstrativo “aquela” para indicar algo (no caso o bicicleta) e o pronome possessivo “minha” que transmite a ideia de posse.
1. Pronome pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam o sujeito ou complemento da oração. Eles são classificados em pronomes pessoais do caso reto e pronomes pessoais do caso oblíquo.
Pronomes pessoais do CASO RETO - exercem a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Exemplos:
Eu gosto muito da Ana. (Quem gosta da Ana? Eu.)
Eles saíram? (Quem saiu? Eles.)
Nós vamos sair também? (Quem vai sair? Nós)
O escolhido é ele
Pronomes pessoais do CASO OBLÍQUO - exercem a função de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial e agente da passiva. Exemplos:
Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note que para além de identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o verbo “estar”.)
A carta? Fechei-a e coloquei no correio. (Fechei a carta, ou seja, o pronome "a" completa o sentido do verbo.)
Deu-lhe um abraço. (Deu um abraço em alguém, ou seja, o pronome "lhe" completa o sentido do verbo.)
Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo
1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo
1ª pessoa do plural nós nos, conosco
2ª pessoa do plural vós vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo.
Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas” funcionam somente como objeto direto.
Pronome de tratamento
Os pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados normalmente em situações formais. Mas, como toda regra tem exceção, “você” é o único pronome de tratamento utilizado em situações informais.
Exemplos de pronomes de tratamento:
Você deve seguir as regras impostas pelo governo.
A senhora deixou o casaco cair na rua.
Vossa Magnificência irá assinar os diplomas dos formandos.
Vossa Santidade é muito querido, disse o sacerdote ao Papa.
Confira na tabela abaixo, os pronomes de tratamento mais utilizados:
Pronome Abreviaturas Emprego
Singular Plural
Senhor(es) e Senhora(s) sr. e sra. srs. e sras. Tratamento formal.
Você(s) v. v. Tratamento informal.
Vossa(s) Alteza(s) V.A. VV. AA. Príncipes e duques.
Vossa(s) Eminência(s) V. Ema., V. Em.a ou V. Em.a V. Emas., V. Em.as ou V. Em.as Cardeais.
Vossa(s) Excelência(s) V. Ex.a ou V. Ex.a V. Ex.as ou V. Ex.as Altas autoridades: Presidente da República, ministros, deputados, embaixadores, senadores, governadores, prefeitos, ministros, juízes, oficiais de patente superior à de coronel.
Vossa(s) Excelência(s) Reverendíssima(s) V. Ex.a Rev.ma V. Ex.as Rev.mas Bispos e arcebispos.
Vossa(s) Magnificência(s) V. Mag.a. ou V. Mag.a V. Mag.as ou V. Mag.as Reitores de universidades.
Vossa(s) Majestade(s) V. M. VV. MM. Reis e imperadores.
Vossa(s) Reverendíssima(s) V. Revma., V. Rev.ma ou V. Rev.ma V. Revma., V. Rev.mas ou Rev.mas Sacerdotes e outras autoridades religiosas do mesmo nível.
Vossa Santidade V. S. - Papa.
Vossa(s) Senhoria(s) V. S.a ou V.S.a V. S.as ou V.S.as Oficiais até coronel, funcionários graduados e linguagem comercial.
Embora se refiram à 2ª pessoa, concordam na 3ª pessoa.
Exemplos:
Você precisa de ajuda?
Agradeço que Vossa Senhoria analise o assunto assim que possível.
2. Pronome possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.
Exemplos de pronomes possessivos:
Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª pessoa do singular)
O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)
A sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence à 3ª pessoa do singular)
Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que pertence à 1ª pessoa do plural)
Confira abaixo a tabela com os pessoas verbais do discurso e os respectivos pronomes possessivos:
Pessoas Verbais Pronomes Possessivos
1ª pessoa do singular (eu) meu, minha (singular); meus, minhas (plural)
2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
3ª pessoa do singular (ele/ela) seu, sua (singular); seus, suas (plural)
1ª pessoa do plural (nós) nosso, nossa (singular); nossos, nossas (plural)
2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
3ª pessoa do plural (eles/elas) seu, sua (singular); seus, suas (plural)
1) O pronome deve concordar com o substantivo mais próximo.
Exemplos:
Ainda tenho de tratar dos nossos bilhetes e bagagem.
Meu material de estudo ficou na escola.
Estas são seus documentos.
2) Quando a palavra “seu” antecede o nome de alguém, a sua função não é a de pronome, neste caso se trata de uma alteração fonética de “senhor”.
Exemplos:
O seu Antônio está em casa?
Seu Joaquim entregou as compras.
O seu José esqueceu de assinar os documentos.
3) Nem sempre os pronomes possessivos indicam posse. Por vezes, podem indicar aproximação numérica, afetividade ou ofensa.
Exemplos:
Ai os meus dezoito anos…
Há quanto tempo não o vejo, meu amigo.
Volte aqui, seu grande charlatão!
4) Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) geram, muitas vezes, ambiguidade. Para afastar qualquer dúvida que possa surgir, utilizamos dele(s) e dela(s).
Exemplos:
A professora informou ao aluno que a sua resposta estava errada e logo fez a correção. (A resposta da professora ou do aluno?)
A professora informou ao aluno que a resposta dele estava errada e logo fez a correção. (A resposta do aluno)
A professora informou ao aluno que a resposta dela estava errada e logo fez a correção. (A resposta da professora)
João já falou com seu supervisor. (Supervisor do João ou da pessoa com quem se fala?)
João já falou com o supervisor dele. (Supervisor do João)
5) Quando estamos falando com a pessoa que recebe o pronome de tratamento utilizamos "vossa", no entanto, ao falar com outra pessoa acerca da pessoa que recebe o pronome de tratamento, devemos utilizar "sua".
Exemplos:
“O carro que levará Vossa Excelência está pronto”, informou a secretária ao Presidente da República.
“O carro que levará Sua Excelência está pronto”, informou o motorista à secretária.
3. Pronome demonstrativo
Os pronomes demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo ou no espaço.
Eles reúnem algumas palavras variáveis - em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural) - e as invariáveis.
Os pronomes demonstrativos variáveis são aqueles flexionados (em número ou gênero), ou seja, são os que sofrem alterações na sua forma. Por exemplo: esse, este, aquele, aquela, essa, esta.
Já os pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que nunca sofrem alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.
Observe o quadro abaixo para entender os pronomes demonstrativos variáveis em gênero e número:
Pronomes Demonstrativos Singular Plural
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles
Exemplos de pronomes demonstrativos:
Essa camisa é muito linda.
Aquelas bicicletas são boas.
Este casaco é muito caro.
Eu perdi aqueles bilhetes de cinema.
Atenção!
Segue algumas dicas de uso dos pronomes demonstrativos:
Frequentemente os pronomes demonstrativos se combinam com preposições:
deste(a), disto (de + este(a), isto)
desse(a), disso (de + esse(a), isso)
daquele(a), daquilo (de + aquele(a), aquilo)
próximo do emissor / tempo presente
Exemplos:
Estas flores são para você.
Que manhã chuvosa esta!
próximo do receptor / passado ou futuro próximo
Exemplos:
Veja, por favor, se essas folhas são as minhas.
Isso é que foi uma festa!
longe de ambos / passado muito distante
Exemplos:
Não alcanço aqueles livros. Tenho de pedir ajuda a alguém mais alto.
Aquela sim era uma época boa para se viver.
A anáfora e a catáfora são elementos de coesão que fazem uso desses pronomes a fim de trazer harmonia para os texto.
Este funciona como elemento catafórico porque apresenta algo que será dito.
Exemplo:
Os livros que quero são estes: o de ficção científica, o romance e o livro de artes.
Esse, por sua vez, funciona como elemento anafórico porque retoma algo que já foi dito.
Exemplo:
O de Ficção científica, o romance e o livro de artes. São esses os livros que quero.
Em referência a dois termos, este retoma o último termo citado e aquele retoma o primeiro.
Os mapas e os relatórios estavam ótimos: estes coesos e coerentes, aqueles bem ilustrados.
Este se refere aos relatórios, enquanto aqueles se refere aos mapas (repare na proximidade dos elementos na construção da frase).
Eventualmente, outras palavras podem assumir o valor de pronome demonstrativo. Isso acontece quando elas podem ser substituídas por esses pronomes. É o que ocorre com:
O(s) e a(s)
Exemplos:
É o que precisas? (É isto que precisas.)
Fiz somente o que me dava vontade. (Fiz somente aquilo que me dava vontade.)
Semelhante(s) e Tal(is)
Exemplos:
Tais atitudes eram impensáveis no meu tempo. (Essas atitudes eram impensáveis no meu tempo.)
Era incapaz de fazer semelhante gesto. (Era incapaz de fazer aquele gesto.)
Mesmo(s) e Próprio(s)
Estas palavras são demonstrativos de reforço na medida em que têm o mesmo sentido de “idêntico” e “pessoa”.
Exemplos:
Você faz sempre a mesma coisa.
Ele próprio conferiu os documentos.
4. Pronome indefinido
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os pronomes indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa.
Exemplos de pronomes indefinidos:
Nenhum vestido serviu na Antônia. (o termo “nenhum” acompanha o substantivo “vestido” de maneira vaga, pois não sabemos de que vestido se fala)
Outras viagens virão. (o termo “outras” acompanha o substantivo “viagens” sem especificar quais viagens serão)
Alguém deve me explicar a matéria. (o termo “alguém” significa “uma pessoa cuja identidade não é especificada ou definida” e, portanto, substitui o substantivo da frase)
Cada pessoa deve escolher seu caminho. (o termo “cada” acompanha o substantivo da frase “pessoa” sem especificá-lo)
Veja abaixo a tabela com os pronomes indefinidos variáveis e invariáveis:
Classificação Pronomes Indefinidos
Variáveis algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes, qual, quais, um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada, fulano, sicrano, beltrano.
Além dos constantes na tabela, também há locuções pronominais que têm o mesmo valor que pronomes indefinidos: cada qual, cada um, quantos quer (que), qualquer um, quem quer (que), todo aquele (que), seja qual for, seja quem for etc.
Pronomes indefinidos substantivos e adjetivos
Conforme a forma como são utilizados, os pronomes indefinidos podem ser pronomes indefinidos substantivos ou pronomes indefinidos adjetivos.
Exemplos de pronomes indefinidos substantivos:
Alguém: Que tal se alguém me ajudasse?
Algo: Ele tem algo para você.
Nada: Não quero nada dele.
Ninguém: Ninguém pode me obrigar a fazer isso.
Outrem: Não responsabilize outrem pelo acontecido.
Exemplos de pronomes indefinidos adjetivos:
Certo: Tem razão em certas coisas.
Há pronomes substantivos que podem ser utilizados com valor de pronomes adjetivos, ou o contrário:
Tudo: é pronome indefinido substantivo, mas "tudo isso" e "tudo o mais", por exemplo, assumem a forma de pronomes indefinidos adjetivos: Tudo isso parece um sonho.
Algum, muito, outro, pouco, tanto: são pronomes adjetivos que podem ser usamos como pronomes substantivos: Dava para o outro o que tinha.
5. Pronome relativo
Os pronomes relativos se referem a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição. Esses termos podem ser palavras variáveis e invariáveis: substantivo, adjetivo, pronome ou advérbio.
Exemplos de pronomes relativos:
Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos. (“os quais” faz referência ao substantivo dito anteriormente “temas”)
São plantas cuja raiz é muito profunda. (“cuja” aparece entre dois substantivos “plantas” e “raiz” e faz referência àquele dito anteriormente “plantas”)
Daniel visitou o local onde nasceu seu avô. (“onde” faz referência ao substantivo “local”)
Tive as férias que sonhava. (“que” faz referência ao substantivo “férias”)
Confira na tabela abaixo os pronomes relativos variáveis e invariáveis:
Classificação Pronomes Relativos
Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis
quem, que, onde.
Dentre os pronomes relativos, o pronome que é, sem dúvida, o mais utilizado. É por esse motivo que ele é conhecido como “pronome relativo universal”.
Exemplos de frases com pronomes relativos
Que, o qual, os quais, a qual, as quais:
E você era a princesa que eu fiz coroar. (Chico Buarque)
Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos.
A Carta de Caminha, a qual inaugura a literatura no Brasil, foi redigida no dia 1º de maio de 1500.
Quem, cujo, cujos, cuja, cujas:
Ela era minha professora, a quem admirei ao longo do meu percurso.
O funcionário, cujo currículo desconheço, foi promovido.
Os trabalhos, cujas interpretações não tenham sido feitas, serão prejudicados.
Quanto, quantos, quantas:
Comeu tudo quanto tinha vontade.
Trouxe todos os livros quantos conseguiu.
Farei tantas exigências quantas forem necessárias.
Onde:
O lugar é ali onde eu informei.
Não sei onde comprar o livro.
Esta é a casa onde passei a minha infância.
A palavra "quando" também é um pronome relativo que exprime noção de tempo:
É a hora quando eu consigo parar para pensar.
Função sintática do pronome relativo
Os pronomes relativos podem desempenhar as funções de: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, adjunto adnominal, complemento nominal, adjunto adverbial e agente da passiva.
Pronome relativo com função de sujeito: A esperança é a última que morre. (o pronome que se refere à palavra "esperança", que é o sujeito da oração)
Pronome relativo com função de objeto direto: Os livros que eu comprei são muito bons. (o pronome que se refere à palavra "livros", que é o objeto direto da oração)
Pronome relativo com função de objeto indireto: Gosto da música que ele canta. (o pronome que se refere à palavra "música", que é o objeto indireto da oração)
Pronome relativo com função de predicativo: Ainda pequena, ela se tornou a grande mulher que é hoje. (o pronome que se refere ao predicativo do sujeito "a grande mulher" desta oração)
Pronome relativo com função de adjunto adnominal: O escritor de cujas crônicas gosto muito vem à escola hoje. (o pronome cujas é adjunto adnominal da palavra "crônicas")
Pronome relativo com função de complemento nominal: Tenho a impressão de que estou atrasado. (o pronome que se refere à palavra "impressão", que é um nome e precisa de um complemento (impressão de quê?), por isso, o pronome tem a função de complemento nominal da oração)
Pronome relativo com função de adjunto adverbial: Fui à praia onde costumava ir. (o pronome onde, que se refere à palavra "praia", é adjunto adverbial da oração)
Pronome relativo com função de agente da passiva: Faz tudo por quem é amado. (o pronome quem, que se refere à palavra "amado", é agente da passiva da oração)
6. Pronome interrogativo
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis empregadas para formular perguntas diretas e indiretas.
Exemplos de pronomes interrogativos:
Quanto custa a entrada para o cinema? (oração interrogativa direta)
Informe quanto custa a entrada para o cinema. (oração interrogativa indireta)
Quem estava com Maria na festa? (oração interrogativa direta)
Ela queria saber o que teria acontecido com Lavínia. (oração interrogativa indireta)
Confira abaixo a tabela dos pronomes interrogativos variáveis e invariáveis.
Classificação Pronomes Interrogativos
Variáveis
qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis
quem, que.
Pronome interrogativo que
1. O pronome interrogativo que pode ser um pronome substantivo quando tem o sentido de "que coisa".
Exemplos:
Que foi aquilo?
Que teria acontecido?
Não sei que disse a aluna à professora.
2. O pronome interrogativo que pode ser um pronome adjetivo, quando tem o sentido de "que espécie de".
Exemplos:
Que vendaval passou por aqui?
Que sentimento é esse?
Não sei que pessoa era capaz de fazer isso.
Pronome interrogativo quem
1. O pronome interrogativo quem pode ser um pronome substantivo.
Exemplos:
Quem será aquele cantor?
Não ignore quem te sustentou.
Perguntei quem era o responsável por aquela confusão.
2. O pronome interrogativo quem pode ser empregado como predicativo do sujeito (de um sujeito que esteja no plural) em orações que contenham o verbo ser.
Exemplo:
Quem sois?
Quem eram os visitantes?
Você sabe quem são os visitantes?
Pronome interrogativo qual
O pronome interrogativo qual geralmente é usado como pronome adjetivo.
Exemplos:
Qual a razão desse comportamento?
Qual é o objetivo da fofoca?
Diga-me qual desses alunos falou com você.
Pronome interrogativo quanto
O pronome interrogativo quanto pode ser tanto um pronome substantivo como um pronome adjetivo.
Exemplos:
Quantos são vocês?
Quantos anos fez?
Verifique quantas caixas serão necessárias para a mudança.
Emprego exclamativo dos pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos também podem ser usados em orações exclamativas.
Exemplos:
Que alegria!
Quem diria!
Quanta formosura!
A colocação pronominal indica a posição dos pronomes átonos - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s) - em relação ao verbo, do que resulta a próclise, a mesóclise e a ênclise.
Antes de entender como cada um dos casos deve ser usado, a primeira regra é: a colocação pronominal é feita com base em prioridades. O caso que tem mais prioridade é a próclise, e se nenhuma das situações satisfizer o seu uso, é utilizada a ênclise. Lembrando que a mesóclise somente é utilizada com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito.
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem o pronome:
1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:
Não o quero aqui.
Nunca o vi assim.
2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):
Foi ela que o fez.
Alguns lhes deram maus conselhos.
Isso me lembra algo.
3. Advérbios ou locuções adverbiais:
Ontem me disseram que havia greve hoje.
Às vezes nos deixa falando sozinhos.
4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:
Oxalá me dês a boa notícia.
Deus nos dê forças.
5. Conjunções subordinativas:
Embora se sentisse melhor, saiu.
Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.
6. Palavras interrogativas no início das orações:
Quando te deram a notícia?
Quem te presenteou?
Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:
Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente: orgulharei)
Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito: orgulharia)
Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:
1. Verbos no imperativo afirmativo:
Depois de terminar, chamem-nos.
Para começar, joguem-lhes a bola!
2. Verbos no infinitivo impessoal:
Gostaria de pentear-te a minha maneira.
O seu maior sonho é casar-se.
3. Verbos no início das orações:
Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo.
Surpreendi-me com o café da manhã.
Colocação pronominal nas locuções verbais
Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo o pronome.
Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas locuções verbais. Lembrando que as regras citadas para os verbos na forma simples devem ser seguidas.
1. Usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal nas locuções verbais em que o verbo principal esteja no infinitivo ou no gerúndio:
Devo-lhe explicar o que se passou. (ênclise depois do verbo auxiliar, “devo”)
Devo explicar-te o que se passou. (ênclise depois do verbo principal, “explicar”)
2. Caso não haja palavra que atraia a próclise, usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar em que o verbo principal esteja no particípio:
Foi-lhe explicado como deveria agir. (ênclise depois do verbo auxiliar, “foi”, uma vez que o verbo principal “explicar” está no particípio, “explicado”)
Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido malcriado. (ênclise depois do verbo auxiliar, “tinha”, uma vez que o verbo principal “fazer” está no particípio, “feito”)
A mesóclise é encontrada apenas em obras literárias, em textos jurídicos, bíblicos e científicos ou quando se quer intencionalmente dar um tom cerimonioso ao discurso.
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